Os trabalhos para conter o vazamento de petróleo cru em Itapoá, no litoral Norte de Santa Catarina, devem ser concluídos até o fim desta quarta-feira. Ele foi identificado na manhã de segunda, 22 de maio, após moradores da região, na zona rural do município, avisarem aos bombeiros sobre o cheiro forte no local e técnicos da Transpetro, subsidiária da Petrobrás no Paraná, verificarem a diferença de pressão no duto.

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Segundo a Transpetro em nota divulgada à imprensa, equipes de contingência continuam trabalhando para recolher o petróleo vazado no oleoduto e concluir o reparo no duto. A empresa afirma que o vazamento foi provocado por um furto de combustível e contido ainda na manhã de segunda-feira. Cerca de 70 profissionais de diversas áreas foram mobilizados pela companhia para atuarem na contingência com o acompanhamento das autoridades competentes, como Defesa Civil, Fundação do Meio Ambiente (Fatma), Ibama e Polícia Militar Ambiental.

A maior preocupação das equipes era de que o petróleo chegasse ao rio Saí Mirim, a cerca de três quilômetros do duto. A Itapoá Saneamento, responsável pelos serviços de distribuição de água, também emitiu nota informando que está fazendo o acompanhamento da qualidade da água do rio Saí Mirim. Ele é utilizado para o abastecimento da cidade e, até terça-feira, o óleo não havia atingido a água.

Primeiro caso em SC

A Polícia Civil de Itapoá está investigando o suposto caso de furto do petróleo, que teria causado a ruptura no oleoduto. A suspeita ocorre porque, de acordo com a Transpetro, foi aberta uma ligação clandestina a cerca de 40 metros da rodovia, na SC-416. Segundo o delegado Vinícius Ferreira, no entanto, ainda não é possível afirmar que trata-se de um caso de furto ou de tentativa dele.

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— Mesmo se for um furto, não se sabe quando ele foi feito. Pode ter acontecido há meses e só agora houve o vazamento — afirma ele.

Este é o primeiro caso de suspeita de furto de petróleo in natura em Santa Catarina. Segundo Vinícius, em dezembro do ano passado houve uma ocorrência semelhante em Garuva mas, naquele episódio, o vazamento era de gás. Em outros Estados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, a extração ilegal de petróleo ocorre há alguns anos e já rendeu prejuízos de mais de R$ 30 milhões à Petrobrás.

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