A Polícia Civil de São Francisco do Sul revela ter recebido a confirmação da Petrobras de que o material colhido em uma empresa de reciclagem de resíduos químicos no município, no ano passado, seria pertencente à estatal. A suspeita da polícia é de que a investigada poderia estar furtando petróleo da Petrobras e processando os resíduos sem a autorização da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

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Polícia vai apurar se refinaria clandestina teria recebido petróleo furtado em Itapoá

À época, a então investigada ‘Ilhéu’, teve amostras recolhidas para análise em operação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), tendo sido emitidos laudos apontando a presença de petróleo ou derivados de forma irregular, porém sem identificação da procedência do material. É este resultado que foi juntado ao inquérito, indicando que o produto pertencia às bacias petrolíferas da Petrobras e, segundo o delegado Marcel Araújo de Oliveira, jamais poderia estar sendo processado no estabelecimento.

— As informações por parte da Petrobras e dos órgãos ambientais dão conta das irregularidades do material encontrado no local e de que teria sido desviado de algum ponto dos dutos de petróleo. O proprietário do estabelecimento disse que a denúncia não era procedente — explica Oliveira.

Ainda de acordo com o delegado, diligências complementares da investigação são feitas a partir de um pedido do Ministério Público Federal (MPF). A intenção da polícia é entregar os resultados do inquérito em breve.

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Questionada sobre a possível refinaria clandestina de São Francisco do Sul, a Petrobras respondeu por nota, sem citar especificamente essa investigação. De acordo com a empresa, ela “é vítima de quadrilhas organizadas especializadas em furto de petróleo e derivados e sua posterior destinação ilegal. Como tal, a companhia tem colaborado permanentemente com as autoridades públicas nas investigações realizadas, fornecendo prontamente todas as informações solicitadas”. Destacou também que os dados sobre essas investigações são informados pelas próprias autoridades responsáveis.

O Jornal A Notícia, também tentou contato com a empresa alvo do inquérito, tanto na quinta quanto nesta sexta-feira (30), mas não obteve êxito até a publicação da reportagem. O espaço para contraponto permanece aberto por meio da redação de “AN”: (47) 3419-2180.

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