O fim da greve dos petroleiros em todo o país era para ser uma boa notícia aos consumidores, mas em Santa Catarina, a paralisação já tem data para recomeçar. Conforme o Sindicato dos Petroleiros do Paraná e de Santa Catarina (Sindipetro), os trabalhadores voltam a cruzar os braços no Estado a partir de 10 de novembro.
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A mobilização se deve a impasses nas negociações sobre a assistência médica oferecida pela Petrobas, que não contemplaria todas as necessidades da categoria. O sindicato projeta 100% de adesão e problemas no abastecimento de combustíveis.
De acordo com o dirigente sindical do Sindipetro, Adriano Norberto Flores, a opção por nova greve leva em conta a falta de diálogo da empresa, que mesmo sabendo das reivindicações não teria se manifestado. Nesta quarta-feira, reportagem de O Sol Diário entrou em contato com a Petrobras, mas não houve resposta até o fechamento desta edição.
Nos últimos dias, o Litoral Norte registrou casos de postos em que havia falta de combustível ou o preço tinha subido, devido ao racionamento feito pelas distribuidoras durante a greve nacional. Caso se confirme a participação total dos trabalhadores em novembro, a situação deve se repetir e até se agravar em Santa Catarina.
Acordo
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Os petroleiros catarinenses aprovaram ontem, em assembleia, a proposta apresentada pela Petrobras para encerrar a greve após uma semana. Eles voltam ao trabalho a partir de hoje. A decisão segue a tendência nacional de aceitar o acordo proposto pela estatal.
A proposta inclui reajuste na tabela da remuneração mínima por nível e regime de 8,56%. A categoria chegou a pedir um reajuste de 12,86%, com 5% de ganho real. A estatal, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), se comprometeu a não punir os trabalhadores que entraram em greve.