As principais lideranças políticas de Chapecó ficaram grandes demais para disputar a prefeitura da cidade. Nenhuma delas vai dizer isso textualmente, mas as discussões sobre a sucessão do prefeito José Cláudio Caramori (PSD) indicam que nomes como João Rodrigues (PSD), Gelson Merisio (PSD) e Claudio Vignatti (PT) vão priorizar voos mais altos em 2018.

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A situação fica mais clara no grupo político que comanda a cidade desde 2004, quando João Rodrigues foi eleito prefeito pela primeira vez, ainda pelo PFL. De lá pra cá, do grupo pefelista chapecoense hoje abrigado no PSD despontaram o presidente da Assembleia Legislativa, Gelson Merisio, o secretário da Fazenda Antonio Gavazzoni e o próprio Rodrigues, segundo deputado federal mais votado de Santa Catarina. Deles, o único cotado para disputar a eleição é o deputado federal – que rejeita a possibilidade porque pretende disputar uma vaga de governador, vice ou senador em 2018.

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Com isso, a principal opção do grupo governista está em outro partido. O vice-prefeito Luciano Buligon trocou o PMDB pelo PSB e credenciou-se a receber o apoio do PSD. Faz parte da estratégia um lance ousado: o prefeito Caramori deve renunciar nos próximos dias e assumir a presidência do Badesc com a bênção do PSD de Chapecó. Assim, Buligon ganharia tempo e a caneta de prefeito para viabilizar a candidatura.

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– Buligon terá todas as condições. Se até março, abril, ele conseguir consolidar o nome, é claro que vai liderar o projeto – afirma Rodrigues, citando como opções os pessedistas Américo do Nascimento, secretário regional de Chapecó, e Gelson Della Costa, empresário.

Oposição

Depois de ser o candidato do PT nas eleições para o Senado e para o governo estadual em 2010 e 2014 – terminou ambas em terceiro lugar -, o ex-deputado federal Claudio Vignatti também deve ficar fora da disputa. Mas, no caso do PT, não faltam nomes naturais dispostos concorrer. Ex-prefeito e deputado federal, Pedro Uczai está pronto para a campanha, assim como a deputada estadual Luciane Carminatti. O martelo petista deve ser batido este mês.

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– Um deles vai ser. Por ter disputado a última eleição, a lógica aponta a candidatura de Pedro Uczai. Se ele não quiser, será a Luciane. Certo é que será por consenso – garante Vignatti

A terceira via na eleição chapecoense deve girar em torno do deputado estadual Cesar Valduga (PCdoB). Em seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa, ele tenta costurar uma aliança que quebre a polarização política que marca o município desde os anos 1990. Uma das possibilidades é compor com o PMDB, órfão de Buligon. Nessa articulação, não está descartado buscar o próprio PT para uma frente de oposição.

– Estou com o meu nome à disposição e estamos conversando com outros partidos. É preciso ter a humildade de entender que é natural neste momento os partidos apresentarem seus nomes – diz Valduga.

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