Na teoria, as medidas de austeridade e enxugamento da máquina administrativa da prefeitura de Blumenau propostas por um grupo de 32 entidades empresariais da cidade são possíveis e pertinentes. Na prática, é difícil imaginar que o prefeito eleito tire todas elas do papel já a partir de 2017.
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Redução de estruturas, principalmente em secretarias, autarquias e fundações, geralmente não combina com a matemática política. A chapa que vencer nas urnas vai ter de pagar a conta de aliados que trabalharam pelo triunfo. Se o novo chefe do Executivo local vir de uma coligação pequena, é provável que terá de negociar cargos para garantir sustentação de governo e apoio no Legislativo.
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As típicas nuances do jogo político, porém, não desmerecem a legítima preocupação de lideranças empresariais em ver o dinheiro do contribuinte bem aplicado, com racionalização de gastos.
Aliás, acertaram as entidades em limitar os pedidos à esfera da atuação municipal. Parece pouco frutífero reivindicar ações e obras vultosas que dependam da boa vontade e de recursos vindos dos governos estadual e federal. Medidas que podem ser resolvidas com canetadas locais são mais fáceis de serem cobradas e fiscalizadas. A conferir se elas serão levadas adiante.
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