Na comparação com 2015, o volume de empresas que fecharam as portas em Blumenau no ano passado subiu 34,4%, enquanto o ritmo de abertura de novos negócios foi menor, com crescimento de 15,2%. Os dados são da Junta Comercial de Santa Catarina (Jucesc) e foram levantados a pedido da coluna. Com base neles, é possível fazer duas interpretações.

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A primeira: foram 5.143 negócios encerrados na cidade em 2016, contra 4.587 abertos. É como se a economia blumenauense tivesse perdido 556 empresas em 365 dias – em 2015, o saldo ficou positivo em 157 (3.982 constituições diante de 3.825 extinções).

Ao que tudo indica, o resultado se deve aos efeitos da crise, que encolheu o mercado. O próprio comportamento do emprego reforça a tese. Como a coluna já destacou, foram eliminados 1,9 mil postos de trabalho com carteira assinada no município no ano passado.

A segunda: muita gente que ficou desempregada juntou as economias para abrir o negócio próprio, o que ajudaria a explicar o aumento do número de constituições de novas empresas mesmo em meio a um período de recessão. O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), Carlos Chiodini, destaca o perfil empreendedor do catarinense, até como meio para driblar a crise econômica.

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Explicação à parte

Para a Jucesc, o crescimento do número de negócios que encerraram as atividades também se deve ao fato de o órgão ter adotado um novo sistema para empresas que estavam abertas somente no papel e não poderiam ser extintas por causa de débitos fiscais.

– É importante observar que o número de empresas extintas reflete, principalmente, a simplificação dos processos de baixa de empresas que estamos implementando no Estado – explica o presidente da Jucesc, Julio Marcellino Junior.