O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) pediu à Justiça quebra de sigilo de dados telefônicos dos suspeitos presos durante a operação Agente Duplo deflagrada no mês passado.

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Foram presos dois agentes prisionais e um vigilante terceirizado do Presídio de Joinville, três homens que já estavam presos na unidade e a mulher de um deles. Os responsáveis pela investigação não revelaram se o pedido envolve todos os sete presos pois o processo corre em segredo de justiça.

O resultado da acareação que ocorreu na última sexta-feira entre os envolvidos também não foi divulgado para não interferir nas investigações. A operação, que tem por objetivo apurar a participação de servidores públicos na facilitação de fugas e entrada de celulares e drogas no Presídio de Joinville, resultou em cinco prisões no dia 17 e outras duas no dia 25 de julho.

Os agentes prisionais, o vigilante e outros dois envolvidos estão na Penitenciária Industrial de Joinville. A mulher e um dos homens que já estava preso estão no Presídio. Segundo as investigações, há indícios de que havia comunicação por celular entre os suspeitos.

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O agente prisional Jeferson da Silva Pinto, foi preso em flagrante no dia 17 enquanto recebia meio quilo de maconha das mãos de Deise Tatiane Ferreira dos Santos, mulher e irmã de detentos.

A decisão emitida pela 2o Vara Criminal de Joinville, que converte a prisão em flagrante em preventiva, apresenta parte do depoimento dele. Interrogado pela autoridade policial, Jeferson diz que recebeu um SMS da mulher marcando o encontro na rua Praia Grande, no bairro Comasa. Na oportunidade ela lhe entregaria drogas e celulares que seriam levados aos presos – que são o irmão e o marido da mulher.

Defesas: A advogada do Centro de Direitos Humanos (CDH) de Joinville e da Pastoral Carcerária, Cynthia Maria Pinto, acompanhou o depoimento do agente Jeferson da Silva Pinto, quando foi preso em flagrante. Ela informou que o carcereiro se dispôs a colaborar com as investigações e prestou os esclarecimentos necessários.

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Já a família de Deise dos Santos envolvida no caso, está sendo defendida pelo advogado Antonio Lavarda. No momento do flagrante eles se reservaram ao direito de se pronunciar somente em juízo. Nesta terça-feira eles tiveram a oportunidade de serem ouvidos novamente. Mais informações não foram reveladas, pois o inquérito ainda não foi concluído.