Aconteceu na manhã desta sexta-feira uma acareação entre os dois presos – o agente Euclides Woitexem Neto e o vigia Márcio Mafra de Jesus – e as outras cinco pessoas detidas na primeira etapa da Operação Agente Duplo, no dia 17, no Presídio Regional de Joinville.
Continua depois da publicidade
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Joinville não abre as investigações sob justificativa de que a operação continua, mas as duas prisões de quarta-feira ocorreram devido ao depoimento dos detidos anteriormente.
Segundo o advogado Douglas Voltolini, responsável pela defesa de Márcio, o vigia alega que as denúncias contra ele são retaliações. Voltolini afirma que Márcio ajudou a frustrar uma fuga no presídio em março, quando percebeu haver uma câmera de segurança desligada no circuito interno da unidade.
– Ele nega as acusações. O que há contra ele é um preso falando, dizendo que ele receberia dinheiro para desligar as câmeras – argumenta o advogado.
Continua depois da publicidade
A Agente Duplo já resultou na prisão de sete pessoas, entre elas dois agentes. Contando com outras operações feitas pelo Gaeco desde fevereiro, já foram presos quatro agentes prisionais suspeitos de facilitar fugas e a entrada de objetos ilícitos e drogas na unidade.
O gabinete da Prefeitura de Araquari, onde Euclides foi detido na casa onde mora, divulgou nota em que o prefeito João Pedro Woitexem (PMDB) se manifesta sobre as acusações que recaem sobre o filho dele. O gabinete esclarece que o agente é servidor do Estado e não tem ligação com a Prefeitura.
– Ele [Euclides] tem 34 anos, é casado, reside em domicílio próprio, tendo portanto total responsabilidade pelos seus atos. Apesar disso, [o prefeito] lamenta profundamente, como pai, a situação em que ele se encontra.
Continua depois da publicidade
A nota é assinada pelo diretor de comunicação da Prefeitura, Edson Luiz Tete, que também informa que o prefeito “torce pela inocência” do filho.