O Campeonato Brasileiro de Bocha Paralímpica ocorreu pela primeira vez em Blumenau e consagrou como campeã a equipe paulista do Sesi, que conquistou o ouro na disputa por equipes e a prata nos pares BC3. Nas equipes BC1/BC2, o time do Sesi ficou com o ouro após vencer a Smel Mogi (Mogi das Cruzes, SP) na final. Em terceiro lugar ficou a APBS (Santos, SP). Blumenau não teve representação na competição e os catarinenses de Itajaí e São José acabaram não subindo ao pódio.
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Nos pares BC4, a Tradef derrotou a ADM. Nos pares BC3, do qual todos os clubes se enfrentaram, a APT ficou com o ouro, o Sesi com a prata e a ADFP terminou em terceiro lugar.
Para a coordenadora do Paradesporto de Blumenau, Giselle Margot Chirolli, a competição realizada em Blumenau foi um sucesso. Ela contou que os integrantes da Associação Nacional de Desportos para Deficientes (Ande) ficaram impressionados e que o evento serviu para troca de experiências entre os professores e atletas:
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– Foi maravilhoso e muito trabalhoso, mas valeu a pena. Foi um grande aprendizado para todos e uma troca muito importante entre cada um dos integrantes que participaram.
Atletas blumenauenses seguem para as Olimpíadas Escolares
Giselle conta que o ano ainda não acabou para os paratletas de Blumenau. No dia 23 eles seguem para disputar as Olimpíadas Escolares em Natal, no Rio Grande do Norte. A competição é disputada entre os estados e oito blumenauenses foram convocados para integrar a delegação de Santa Catarina. São cinco paratletas – dois da natação, um do atletismo, um do tênis de mesa e um da bocha paralímpica – e três professores. O torneio ocorre entre os dias 23 e 28.
Entenda como é divisão das quatro classes da bocha paralímpica, de acordo com o grau da deficiência:
Classe BC 1 – Destinada apenas para atletas com paralisia cerebral, que podem jogar com as mãos ou com os pés. Podem ter um auxiliar para entregar a bola. É permitido um auxiliar.
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Classes BC2 e BC4 – Não é permitido nenhum tipo de ajuda externa. O que ocorre com frequência é a adaptação de um suporte ou cesto para as bolas, fixos ou não, na cadeira de rodas, de modo que facilite ao atleta no momento de pegar as bolas para arremessar. Isso é muito usado em atletas da classe BC4 com lesão medular e com grande comprometimento nos membros superiores. A principal diferença entre atletas das classes BC2 e BC4 é que na classe BC2 o atleta apresenta quadro de paralisia cerebral e na classe BC4 o esportista possui qualquer outro quadro de origem não cerebral (distrofia muscular progressiva, esclerose múltipla, Ataxia de Friedrich, lesão medular com tetraplegia), mas com o grau de comprometimento similar ao da classe BC2.
Classe BC3 – Participam atletas com maior grau de comprometimento motor, com paralisia cerebral e de condições similares, com origem não cerebral. O jogador é assistido por uma pessoa que tem como função direcionar a calha (dispositivo auxiliar), pela qual a bola será lançada, seguindo rigorosamente as indicações do jogador (de acordo com a direção que o atleta indicar).
Fonte: Associação Nacional de Desporto para Deficientes (Ande)