Há 25 anos, Florianópolis se preparava para receber a visita do papa João Paulo II. O roteiro que durou apenas 22 horas, deixou marcas até hoje na memória da Capital. Confira abaixo os oitos momentos principais da passagem do pontífice pela cidade.
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Um papa entre nós: visita de João Paulo II a Florianópolis faz 25 anos
Quinta-feira, 17 de outubro de 1991
Base Aérea de Florianópolis
O Boeing presidencial da Força Aérea Brasileira (FAB) aterrissa em Florianópolis às 19h28 trazendo um passageiro divino: o papa João Paulo 2º, vindo de Campo Grande, para a primeira – e, até hoje, única – visita de um líder mundial da Igreja Católica Romana à capital catarinense.
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Conforme estimativas oficiais, cerca de mil pessoas o esperam, entre oficiais da Aeronáutica e familiares, parlamentares e fiéis credenciados.
O protocolo prevê embarque imediato no helicóptero que o levará ao Centro de Ensino da Polícia Militar (CEPM), no bairro Trindade, mas o Santo Padre caminha em direção ao público, posicionado a 100 metros de distância, e beija crianças, aperta mãos e distribui bênçãos.
Colégio Catarinense
Precedido por dois veículos de segurança, o papamóvel irrompe pela Avenida Madre Benvenuta. O comboio formado por 39 carros oficiais, conduzindo 42 autoridades, dobra na pista da contramão da Beira-mar Norte, entra na Avenida Othon Gama d¿Eça, passa pela Rua Armínio Tavares e chega à Esteves Junior. Sempre em pé no veículo envidraçado, João Paulo retribui com acenos à multidão que o saúda.
Em frente ao Colégio Catarinense, 2 mil pessoas dificultam o acesso à residência dos jesuítas, atrás do prédio principal. Finalmente no hall da casa de dois andares, o papa é levado aos seus aposentos, uma suíte simples montada no quarto nº 14. Canja, café com leite, sucos, chás e frios compõem seu jantar. Recolhe-se às 22h15.
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Sexta-feira, 18 de outubro de 1991
Aterro da Baía Sul
Às 6h o papa toma o café da manhã na sala anexa à sua suíte, a mesma onde havia sido realizado o jantar. Depois, ajoelha-se por uma hora na capelinha da Residência dos Jesuítas, absorto em suas orações. De volta ao quarto, repassa os discursos que irá fazer nos compromissos do dia. Quando deixa o Colégio Catarinense no papamóvel para celebrar a Missa da Beatificação de Madre Paulina – razão principal da estada na cidade –, começa a chover.
No aterro da Baía Sul, local da cerimônia, milhares de pessoas se emocionam com o Sermão da Montanha lido por João Paulo, a comunhão e a exaltação à religiosa catarinense. A solenidade é considerada pelo Ministério das Relações Exteriores e pelo Vaticano como a mais bonita e a mais perfeita da passagem do pontífice pelo país.