Mais um capítulo das negociações que podem evitar uma nova greve dos servidores municipais de Joinville terminou sem acordo entre o sindicato da categoria, o Sinsej, e a Prefeitura. No encontro com a direção do sindicato, na tarde desta segunda-feira, o prefeito Udo Döhler (PMDB) apresentou uma contraproposta para a campanha salarial deste ano: em vez de pagar a reposição pela inflação (8,34%) em oito parcelas até dezembro, como havia oferecido antes, o município está disposto a repor em três parcelas (maio, agosto e novembro).

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Por enquanto, não há acordo porque o Sinsej não vê avanço na proposta.

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– Na prática, o parcelamento continua mantido até o fim do ano. Agrupar parcelas não vai diminuir o prejuízo com esse parcelamento, implica perda salarial. A categoria fez esforço ao flexibilizar as reivindicações, esperávamos uma contraproposta mais audaciosa – critica o presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter.

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Tópico à parte, o vale-alimentação também continua sem consenso. O município propõe aumentar o benefício pela inflação, passando de R$ 234 para R$ 253. A quantia é considerada insuficiente pelo sindicato, que cobra ao menos R$ 400. Inicialmente, o Sinsej chegou a reivindicar R$ 572 para a alimentação.

Uma nova rodada de negociações será realizada amanhã. Mas não há como o sindicato reconsiderar as reivindicações até lá, diz Ulrich, porque as contrapropostas da categoria são decididas em assembleia. Como a próxima assembleia está marcada para segunda-feira, quando será novamente colocada em votação a possibilidade de greve, o discurso do sindicato é o de que a bola ainda está com a Prefeitura.

Se não houver ganho real além da inflação, o Sinsej já sinaliza que será difícil evitar a greve. Por outro lado, a categoria admitiria até parcelar a reposição caso houvesse ganho real. A Prefeitura defende que o reajuste pela inflação em três parcelas tem menor impacto para o bolso do servidor e cumpre o objetivo do município de contemplar a categoria com o índice inflacionário.

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O Executivo também argumenta que não há margem para uma proposta melhor porque a administração tem de lidar com a queda na arrecadação.