Pelo menos três dos 50 advogados de defesa dos réus se retiraram do julgamento dos integrantes do Primeiro Grupo Catarinense (PGC), na tarde desta segunda-feira, no complexo prisional da Canhanduba, em Itajaí. Eles argumentam falta de condições físicas e de estrutura na sala montada como tribunal dentro da prisão.

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O tribunal instalado dentro de uma cadeia por medida de segurança vai julgar os responsáveis por ordenar ondas de atentados a ônibus e prédios policiais no Estado entre novembro e fevereiro.

As reclamações são de ausência de banheiros femininos, tomada para conectar aparelhos e até do calor excessivo no ambiente. O primeiro advogado a sair do local foi Apóstolo Pítsica.

– As nossas reivindicações constaram em ata e todos eles decidiram unanimemente se retirar porque o complexo penitenciário não dava condições para que nós possamos exercer a nossa função com dignidade – protestou o advogado na frente da prisão.

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Segundo ele, ainda não houve manifestação da juíza se a audiência vai continuar ou não.

O Diário Catarinense entrou em contato com a assessoria do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) para saber a definição a respeito do caso. A informação repassada é de que o processo tramita em segredo de justiça e que apenas ao final da audiência, na noite desta segunda-feira, a juíza que preside os trabalhos dará algumas informações sobre o dia de julgamento.

O presidente da OAB/SC, Tullo Cavallazzi, está em Brasília e enviou uma pessoa para avaliar o local do julgamento. O resultado da vistoria ainda não foi divulgado. Cavallazzi afirma que a OAB não orientou ninguém a deixar a audiência.