O Parlamento grego aprovou neste domingo o plano econômico de austeridade solicitado pelos credores do país com o qual se ativará o resgate financeiro e sua manutenção na Zona Euro.
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Após uma noite caracterizada porviolentas manifestações contra a austeridade em Atenas, o programa econômico foi adotado por maioria de votos, pouco antes das 23h00 na Grécia (21h00 de Brasília).
Pouco antes da votação crucial para o país e a Zona Euro, o primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, disse que os deputados gregos “assumirão sua responsabilidade” e “definirão a escolha mais importante” para a Grécia, que é “avançar com a Europa e a moeda única”.
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– A violência e a destruição não têm lugar em uma democracia – completou o premiê, ao se referir às violentas manifestações ocorridas na capital grega neste domingo à noite contra o programa econômico apresentado para análise dos deputados.
Em seu terceiro discurso público em três dias, o primeiro-ministro insistiu novamente diante dos deputados sobre a importância de suas decisões: “avançar com a Europa e a moeda única” ou levar o país à “miséria, à bancarrota, à marginalização e à exclusão do euro”.
O plano apresentado aos deputados prevê um pacote de medidas de austeridade em troca de um novo resgate financeiro do país por parte de seus credores institucionais e uma operação de eliminação da dívida por parte dos credores privados.
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O novo plano prevê, entre outras medidas, a demissão de 15 mil funcionários públicos até o fim do ano, em um total de 150 mil dispensas até 2015, redução de 22% no salário mínimo, que deverá situar-se perto dos 500 euros, e a liberalização das leis trabalhistas.
Papademos lembrou que os três objetivos do plano são o saneamento das finanças públicas, o restabelecimento da competitividade do país e o reforço de seu sistema bancário.