A greve dos trabalhadores do transporte público, que teve início nesta segunda-feira em Florianópolis, afetou a rotina de estudantes da rede pública de educação na capital catarinense. A Secretaria de Educação de Florianópolis anunciou que as aulas na rede municipal não estão suspensas. Os dados repassados pela secretaria contabilizam 14 escolas onde não houve expediente. Em 12 escolas houve aula normal e em 11 as atividades foram parciais.
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Em creches e núcleos de educação infantil, os NEI?s, as atividades estão, em sua maioria, paralisadas, com 61 unidades fechadas. Dezenove unidades atendem parcialmente e quatro estão funcionando normalmente.
A recomendação da Secretaria de Educação de Florianópolis é de que os dias sem aulas sejam compensados em calendário que será organizado individualmente pelos estabelecimentos de ensino.
A rede municipal reúne mais de 28 mil alunos. Em escolas estão matriculados 15 mil 786 estudantes e na educação infantil há 11,320 mil crianças. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é formada por 1.184 alunos, que têm no mínimo 15 anos.
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Entre as escolas da rede estadual, em 12% não houve aulas, e as aulas estão suspensas enquanto a paralisação persistir. Em 43% das escolas as atividades transcorrem normalmente nesta segunda-feira, e em 45% o funcionamento foi parcial.
A Gerência Regional de Educação da Grande Florianópolis orienta que cada escola lide com a situação de acordo com sua realidade e da maneira como preferir. A reposição das aulas será feita se houver necessidade, dependendo do período por que a greve se estender, e também deve ficar a critério de cada escola.
Trabalhadores do transporte público entram em greve em Florianópolis
Em assembleia encerrada às 00h07min desta segunda-feira, trabalhadores do transporte público da Grande Florianópolis rejeitaram a proposta do sindicato das empresas de ônibus (Setuf) e decidiram pela greve por tempo indeterminado. A prefeitura determinou um esquema de transporte alternativo com cerca de 200 vans e micro-ônibus escolares para atender à demanda.
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Em discurso durante a assembleia, representantes do sindicato trabalhista, o Sintraturb, reforçaram aos motoristas e cobradores que não deve ser cumprida a exigência de frota mínima de ônibus determinada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) na última sexta-feira. Sindicalistas alegaram que a cobrança fere o direito de greve.
O prefeito Cesar Souza Junior (PSD) reafirmou no domingo que não vai aceitar que a greve de motoristas e cobradores resulte em aumento na tarifa de ônibus. Ele também declarou que a licitação do transporte público, planejada para este ano, vai mudar as regras do sistema. Hoje, o contrato prevê remuneração por quilômetro. Mas Cesar avisou que a discussão das planilhas de custos deve ser técnica.
O Tribunal Regional do Trabalho, que determinou 100% dos ônibus nas ruas nos horários de pico das 5h30min às 8h e das 17h30min às 20h e 50% das 11h às 14h. O não cumprimento irá gerar multa de R$ 100 mil por dia.
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Transporte alternativo
Como vai funcionar o esquema especial montado pela prefeitura da Capital:
Qual o preço do transporte?
A passagem para o Continente sai por R$ 5. Nas viagens para a região Centro- Leste o valor é o mesmo até o Morro da Lagoa. Deste ponto em diante, são R$ 7, assim como para o Norte e o Sul da Ilha. A primeira viagem parte do Centro às 6h e a última às 23h. Não poderá ser utilizado o cartão passe.
De onde partirão as vans e os micro-ônibus?
Para o Continente, a saída será em frente ao terminal rodoviário Rita Maria. Para o Leste, o embarque será embaixo da passarela da Avenida Paulo Fontes. As vans e micro-ônibus que fazem o trajeto Norte partirão da frente do camelódromo perto do Ticen. Quando o destino for o Sul o ponto será em frente ao camelódromo do Terminal Cidade de Florianópolis.
Serão os mesmo itinerários dos ônibus?
Não haverá integração. O percurso será adequado à necessidade dos passageiros e os veículos sairão à medida que lotarem. É proibido viajar em pé.
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Pontos da negociação
Reivindicações trabalhistas
? Redução da jornada de trabalho de 6h20 para 6h e a extinção da jornada de 3h;
? Reajuste acompanhando inflação (7,16%), além de aumento salarial de 5% para motoristas, cobradores e demais trabalhadores das garagens de ônibus.
? Aumento no ticket alimentação para R$ 460.
Proposta do Setuf (rejeitada)
? Mantém a jornada de trabalho em 6h20min, como acordado na convenção 2012/2013
? Reajuste acompanhando a inflação (7,16 %), além de aumento salarial de 2,64 % a partir de agosto para motoristas e cobradores.
? Ticket alimentação para R$ 450.