A preocupação dos pilotos que subiam em um teco-teco não era se haveria pane, e sim qual a pane daquela vez. Essa foi máxima da época, quando jovens entre 20 e 30 anos arriscaram suas vidas pelos ares. O período era o pós Guerra Mundial. Até então, a aviação tinha fins militares.
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Aviões desprotegidos, abertos, sem pressurização e computação. O major brigadeiro Adenir Viana diz que eram muito lentos, alcançando uma velocidade média de 200 km/h, com um motor bastante precário.
A orientação era totalmente visual. Viana conta que, de noite, os pilotos sobrevoavam o mar quase encostando na água, para se guiarem pelas cristas da onda, que ficavam luminosas. O brigadeiro não tem dúvida, foram os verdadeiros desbravadores dos ares.
Diante deste contexto, o major destaca a importância da Aéropostale para a história da aviação. Apesar de a alemã Lufthansa ter sido criada na mesma época, foi a companhia francesa que encarou longas distâncias, chegou à África, atravessou o oceano, e foi até o Chile, passando pelos Andes. Algo que ninguém tinha feito.
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