– Que Deus abençoe Santa Catarina.
Foi com estas palavras que o Papa Francisco saudou, numa praça São Pedro lotada com milhares de fiéis, a comitiva catarinense durante a audiência aberta que o Santo Padre realiza todas as quartas-feiras no Vaticano.
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Durante a recepção a delegações do mundo todo, ele benzeu uma pequena imagem da beata Albertina nas mãos do deputado Joares Ponticelli e foi presenteado com um quadro da pintora catarinense Vera Sabino, oferecido pelo presidente da Fiesc, Glauco Côrte.
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Sem nem sequer identificar com quem estava falando em meio ao público, ele pegou na mão do vice-governador Eduardo Pinho Moreira, segurou próximo ao seu peito por alguns instantes e olhou para um dos seus auxiliares, que o presenteou com um rosário. Não falou uma só palavra, mas foi o suficiente para deixar Pinho emocionado.
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Mas até aquele momento, o grupo estava ansioso para saber se conseguiria chegar realmente perto do Santo Padre. E antes dos cumprimentos aos convidados oficiais, Francisco dedicou mais de duas horas aos deficientes físicos e crianças que buscavam qualquer tipo de contato com ele em meio a milhares de pessoas.
Depois, ele se dirigiu à área mais reservada, onde abençoou os catarinenses. O deputado Padre Pedro, também religioso, aproveitou para protocolar no Vaticano outros dois pedidos: o da abertura do processo de beatificação do Frei Bruno e a mudança na legislação canônica permitindo que advogados leigos também possam atuar na anulação do casamento religioso, já que hoje apenas os vigários judiciais tem esta autorização, provocando muita lentidão.
Como 2014 será o ano da família para a Igreja Católica, a expectativa é de que o assunto ganhe relevância por envolver a possibilidade do segundo casamento, avalia o parlamentar. É mais ou menos como o trabalho da OAB no caso dos advogados dativos. Na falta de estrutura oficial, terceiriza-se o serviço.
No final, a imagem de quase 20 quilos de Santa Catarina de Alexandria foi entregue ao protocolo do Vaticano e será incorporada ao acervo local. O grupo passou quase quatro horas na Praça São Pedro até conseguir o contato com o Papa, mesmo que rapidamente. Mas todos prestaram muita atenção no sermão de Francisco, que falou sobre a importância do perdão. O Santo Padre disse que é um direito das pessoas à confissão e não um dever. E cobrou mais transparência dos padres no exercício deste sacramento.
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– Quem não tiver condições de ouvir, é melhor que não o faça – afirmou, sendo aplaudido pelas milhares de pessoas.