Ônibus de menos para gente demais e deu no que deu. O primeiro dia útil de transporte coletivo depois da quebra de contrato com o Consórcio Siga foi sofrível para o blumenauense. Na foto do blogueiro Jaime Batista da Silva, feita no fim da tarde desta segunda-feira na Avenida Beira-Rio, a prova de que o sistema emergencial não deu conta do recado no início da operação. Falta pessoal para dirigir e por isso mesmo faltam ônibus e horários nas ruas da cidade.

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Se o problema é gente para contratar, que a Piracicabana traga gente de fora para suprir a necessidade da comunidade.

::: Transporte coletivo opera novamente com catraca livre e 51 linhas nesta terça-feira

O prefeito Napoleão Bernardes convocou quatro secretários para acompanhá-lo na reunião conjunta de conselho e diretoria da Associação Empresarial de Blumenau (Acib) nesta segunda à tarde. Dois representantes da Viação Piracicabana também participaram e, em conjunto, explicaram todos os processos em andamento para garantir que o serviço de transporte coletivo volte ao normal o mais rapidamente possível.

Não restou dúvidas sobre o que foi dito. Aparentemente, tudo flui como deveria, a não ser pela demora em contratar funcionários, o que estaria sendo provocado pela lentidão do processo de rescisão de contratos na Empresa Nossa Senhora da Glória.

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::: Contrato emergencial do transporte de Blumenau é negócio da China para a Viação Piracicabana

As dúvidas, na maior parte, estão na futura concessão do serviço público. Os empresários se mostraram preocupados não só com o processo como um todo, que inclui a elaboração do edital e o lançamento da licitação, mas principalmente com a eficiência do modelo a ser proposto. Foi sugerida, por exemplo, a criação de um grande fórum com representantes da sociedade para que acompanhe e faça sugestões em prol da sustentabilidade do futuro contrato e da mobilidade das pessoas. Pelo exemplo que tivemos, independentemente da parcela de culpa que cada parte teve, peço que ouçam os interessados. Merecemos algo renovador e estimulante para tornar Blumenau uma cidade modelo e inovadora em transporte, como já fomos um dia.

::: Ônibus circulam lotados na manhã desta segunda-feira pelas ruas de Blumenau

Como não havia bilhetagem eletrônica, as estações de pré-embarque não foram abertas. Muita gente teve que enfrentar chuva no meio da tarde de ontem para conseguir uma condução.

Será que não era possível liberar o acesso às estações para que o castigado povo ficasse protegido da chuva e do forte sol de domingo?

::: Leia outras informações do colunista Pancho

A prefeitura questiona o valor de manutenção dos terminais e estações da cidade repassado por um diretor da Empresa Nossa Senhora da Glória à coluna. Diz que na realidade são R$ 130 mil mensais, e não R$ 350 mil como dito pelo executivo.

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Eis a importância de haver uma planilha unificada e pública para conferência e transparência do sistema. É imprescindível a participação de outros poderes e organizações como a Câmara Municipal, o Ministério Público e Observatório Social, para citar alguns.