Tudo indica que a Viação Piracicabana fez um negócio da China com o contrato emergencial do transporte coletivo em Blumenau. Vai cobrar

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R$ 3,65 pela viagem, preço recém-reajustado e nunca cobrado pelo Consórcio Siga. Não vai precisar manter terminais e estações de pré-embarque, que passam para responsabilidade da prefeitura. Segundo um diretor do Siga, essa manutenção custava cerca de R$ 350 mil por mês. A Piracicabana está contratando os funcionários pelo piso da categoria e sabemos que muitos tinham salários bem maiores nas empresas do Siga. Isso sem falar do fato de ser uma empresa de atuação nacional que, provavelmente, consegue descontos maiores que o Siga para comprar insumos como óleo, diesel e pneus.

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Ou seja, o custo de operação do sistema emergencial é menor que na época do consórcio Siga e, por isso mesmo, tem muita gente nas redes sociais sugerindo que o preço antigo seja mantido durante os seis meses do contrato.

É claro que não podemos desconsiderar o investimento que a empresa fez para implantar o sistema emergencial na cidade. Adaptar e trazer mais de 200 ônibus de São Paulo para Blumenau, contratar pessoal e garantir uma estrutura mínima para a operação têm seu preço. Mesmo assim, vale a reflexão. Especialmente para nortear a elaboração do edital de licitação para a concessão do serviço.

Por falar em futura concessão, disse o prefeito Napoleão Bernardes no sábado que vai exigir frota 100% nova, zero quilômetro, da próxima empresa que vai assumir o sistema na cidade. Lembrando que segundo o Seterb, são necessários pouco mais de 200 ônibus para manter o transporte público da cidade em sua plenitude.

Dos pedidos feitos pela ABC Ciclovias à prefeitura de Blumenau no início da semana, tendo em vista as mudanças no transporte coletivo da cidade, um deveria ser recebido com mais atenção. No documento, assinado pelo presidente João Francisco Noll, a entidade pede para que a nova licitação exija carros com piso rebaixado e espaço para bicicletas e carrinhos de bebês, além dos já oferecidos para cadeirantes.

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Quanto mais estímulo ao transporte coletivo e alternativo, melhor.