A presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho, disse nesta terça-feira que, após análise inicial dos novos executivos do Panamericano, é possível constatar que o rombo descoberto no banco em nada difere dos números encontrados pelos técnicos do Banco Central.

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– A nova diretoria está trabalhando desde o dia 10 e essa equipe já fez uma avaliação preliminar e verificou que (no problema contábil) não há nada além do que já estava dito – disse, ao reafirmar que o rombo soma R$ 2,5 bilhões e não valor maior, hipótese que tem sido aventada nos últimos dias.

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Panamericano inclui área de cartões

– O banco vai contratar auditoria para verificação ainda mais rigorosa. Mas, por enquanto, não há elementos que nos leve a crer que haja problemas adicionais. Por isso, mantemos o número – explicou.

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Ao ser questionada se haveria arrependimento por ter comprado metade de um banco envolvido em um dos maiores escândalos contábeis dos últimos anos no Brasil, Maria Fernanda responde que não e reafirma o plano desenhando quando o contrato de compra das ações do Grupo Silvio Santos foi assinado.

– O negócio foi baseado em estudos. Vamos fazer uma avaliação desses objetivos. Em princípio, a Caixa pretende executar esse plano. Temos os diretores empossados para isso – diz.

Apesar de todo o governo ter sido informado oficialmente que o Panamericano enfrentava problemas em meados de setembro, Maria Fernanda nega que o Poder Executivo tenha participado ativamente da saída encontrada para o caso.

– Houve uma solução privada que defendeu interesses dos acionistas e clientes. Não interessava a ninguém, tampouco à Caixa uma liquidação – explica.

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