Rússia e as potências ocidentais chegaram a um acordo para prosseguir, nos próximos dias, com as discussões sobre a Ucrânia, ao final de um encontro entre os chefes da diplomacia de Moscou, Paris, Washington, Berlim, Londres e UE na capital francesa.
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– Chegamos a um acordo para prosseguir com as discussões nos próximos dias a fim de ajudar a estabilizar, normalizar a situação e superar a crise – afirmou o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, depois de uma reunião na chancelaria francesa.
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Lavrov se reuniu no gabinete do chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, com o secretário de Estado americano John Kerry, e os ministros das Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier, e britânico William Hague, além da chefe da chanceler europeia Catherine Ashton.
Kerry confirmou que ficaram acertadas para os próximos dias “intensas discussões” sobre a crise ucraniana. “Iniciamos um processo hoje e esperamos que leve a uma desescalada” da crise.
O secretário de Estado tentou, sem sucesso, reunir em Paris o ministro Lavrov e seu homólogo ucraniano, Andrii Dechtchitsa, em mais um esforço para acalmar a situação, qualificada de uma das piores crises europeias desde a Guerra Fria.
Lavrov se negou a encontrar Dechtchitsa, apesar da pressão dos países ocidentais, disse o embaixador ucraniano em Paris.
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Moscou não reconhece as novas autoridades ucranianas.
Dechtchitsa, ministro interino das Relações Exteriores, chegou a Paris na noite de terça-feira a bordo do avião de Kerry, procedente de Kiev.
Nesta quarta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, e a chefe de governo alemã, Angela Merkel, discutiram uma “possível” cooperação internacional para “normalizar” a situação na Ucrânia, informou o Kremlin.
Putin e Merkel analisaram as “possibilidades de cooperação internacional visando a normalização política da situação na Ucrânia”, destacou o Kremlin.
Paralelamente, a Aliança Atlântica (Otan) decidiu nesta quarta reforçar a cooperação com a Ucrânia e analisar a redução da relação com a Rússia, indicou seu secretário-geral, Anders Fogh Rasmussen.
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– Estas medidas enviam uma clara mensagem à Rússia – que deve ajudar na desescalada do conflito na Ucrânia, afirmou Rasmussen ao término de uma reunião Otan-Rússia em Bruxelas.
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