Depois que o Colégio Energia de Criciúma, no Sul de SC, fechou as portas pela falta de pagamento do prédio, a Central de Plantão Policial, CPP, da cidade recebeu quase 50 boletins de ocorrência contra a escola. Os pais procuraram a polícia para poder conseguir documentação suficiente para sustar os cheques de mensalidades e matrícula nas agências bancárias.
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Segundo o delegado da CPP, Fernando Pagani Possamai, diversas delegacias de Criciúma estão recebendo os familiares desde a determinação da Justiça ocorrida na noite de terça-feira, de que o prédio deveria ser devolvido por falta de pagamento desde 2008. A Polícia Civil pretende aguardar o posicionamento da escola, mas, segundo Fernando, poderá instaurar um inquérito policial por estelionato caso não ocorra a restituição dos valores.
– Vamos aguardar mais um pouco. Se o Energia não der uma resposta imediata à população, poderá haver a abertura do inquérito – afirma.
Dívida do colégio chega a R$ 3,8 milhões
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Cerca de 2 mil alunos estão sem ter onde estudar. Em nota, a direção do colégio informa que o valor da dívida chega a R$ 3,8 milhões. No prédio funcionavam as turmas de ensino fundamental e médio e da Faculdade de Ciências Econômicas da Região Carbonífera (Facierc).
O problema é generalizado, já que o período de matrículas está encerrado na maior parte das escolas da cidade e os pais têm encontrado dificuldade para encontrar vagas para quase 2 mil estudantes.
Na nota, a direção ainda informa que “caso o prédio continue inacessível pela justiça, outra estrutura já está reservada para receber os alunos na área central de Criciúma. O início do ano letivo está agendado para o dia 13 de fevereiro”.
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