Após 11 meses sem realizar cirurgias de média complexidade de joelho, 491 pacientes que aguardam na fila pelo procedimento em Joinville começam a ser operados nesta segunda no Hospital Oase, em Timbó, no Vale do Itajaí. A previsão é de que sejam realizadas dez cirurgias por semana, sempre às segundas-feiras.
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Segundo a secretária municipal de Saúde, Larissa Grun Brandão Nascimento, não é possível afirmar que as 491 pessoas que compõem a fila serão operadas, porque à medida que elas são chamadas para consulta se descobre que algumas já se submeteram ao procedimento em hospital particular. Também há casos em que o médico avalia e contra-indica cirurgia.
– A indicação cirúrgica depende muito do perfil do médico – esclarece Larissa.
No entanto, o diretor executivo da Secretaria de Saúde, Paulo Manoel de Souza, acredita que, por se tratar de joelho, boa parte dos pacientes tenha mesmo de ser operada.
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– Como é joelho, normalmente o problema tende a piorar com o tempo. Por isso, a gente imagina que um grande número de pacientes realmente precise de cirurgia – diz Souza.
A previsão de realização das 40 cirurgias mensais, no entanto, não vai representar aumento no gasto da Secretaria de Saúde. Isso porque os procedimentos serão realizados pelos médicos do Instituto Vida, conveniado com a Prefeitura de Joinville.
Larissa explica que tanto o pré-operatório (consultas e exames) quanto o pós-operatório (acompanhamento da evolução do paciente) serão feitos em Joinville. Apenas a cirurgia será feita em Timbó. Conforme a secretária, o transporte dos pacientes será disponibilizado pela Prefeitura. As cirurgias serão custeadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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– Toda internação hospitalar é faturada pelo hospital onde é feito o procedimento – esclarece a secretária.
Conforme Souza, o Hospital Municipal São José dispõe dos equipamentos necessários para este tipo de procedimento, mas eles estão sendo usados no atendimento de casos de urgência e emergência, já que as referências da unidade são trauma e ortopedia.
– Não há previsão para que as cirurgias eletivas de joelho voltem a ser realizadas no São José – avisa Souza.
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Larissa se disse desconfortável com a realização de dez cirurgias por semana. De acordo com ela, a secretaria está em negociação constante com o hospital de Timbó para elevar o número.
– É um alívio, mas, ao mesmo tempo, a nossa fila é bem grande. Me sinto constantemente angustiada. Só dez cirurgias por semana é pouco. Quero evoluir – disse.