Ao aceitar comandar o Metropolitano nos últimos três jogos do Campeonato Catarinense, Cesar Paulista, anunciado domingo à noite como novo técnico, não vai apenas ocupar um cargo até o final da competição. Ele terá, talvez, o maior desafio da história alviverde: evitar o inédito rebaixamento para a Série B do Estadual. E para cumprir a missão terá três confrontos decisivos pela frente, o primeiro deles contra a invicta Chapecoense, favorita ao título.

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Não há nervosismo na fala de Cesar, mas há precaução, cautela. Conhecedor como poucos da situação em que o Metrô se encontra, se apega à experiência para tranquilizar a equipe e fazer com que os jogadores mantenham o foco:

– Técnico é uma coisa e ser treinador é outra, porque dar treino qualquer um dá. Um técnico bom é aquele que consegue tirar o máximo dos seus jogadores e vou tentar fazer isso, porque se não conseguir tirar o máximo de cada um, tenho chance. Mas se não tirar o máximo as probabilidades de acontecer uma catástrofe existem e são bem grandes.

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Para manter o Metropolitano vivo, Cesar Paulista conta o histórico no comando do time. Nos 80 jogos em que liderou a equipe nas quatro passagens anteriores, conquistou 51,25% dos pontos. Se mantiver esse aproveitamento, o Metrô fica perto de escapar da degola, e conta os pontos do Camboriú, que precisaria de desempenho perfeito para mandar o time de Blumenau para a Segundona catarinense.

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Mas o novo treinador é mais do que o comandante à beira do campo. É funcionário do clube, faz o “meio-campo” entre a base e o time profissional, conhece as necessidades e os sonhos do Metropolitano e quer participar deles. Mesmo sabendo que qualquer resultado é fruto do trabalho de toda a equipe, carregar a alcunha de “técnico que rebaixou o Metrô” o preocupa, tanto pelo futuro do clube quanto pela marca na carreira, por isso entende que o momento pede a dedicação que ele não pode dispensar.

– Seria muito cômodo não estar aqui, poderia recusar, mas teria que sair. Pode ter certeza que se estivesse tudo legal eu não estaria aqui falando com vocês hoje, e era o que a gente pensava: estar tudo legal, o time com calendário para o segundo semestre e o ano que vem. Mas a nossa situação é essa hoje – analisa Cesar.

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A ação que resta é correr contra o tempo. A experiência e a confiança que o guiaram à frente do Metropolitano em 34 vitórias nas outras passagens, e que também estiveram presentes nas vezes em que comandou o time interinamente nesta temporada – incluindo o 4 a 1 sobre o Avaí – podem ser os fatores que farão a diferença na história do Verdão. Cesar Paulista e os jogadores começaram ontem a escrever esse novo capítulo.