Os trabalhistas, principal força da oposição britânica, manifestaram intenção de votar contra uma intervenção militar na Síria em resposta ao suposto uso de armas químicas, declarou uma fonte do partido sob condição de anonimato.
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– Temos dúvidas crescentes sobre a natureza obscura da monção governamental. Não menciona nada sobre (a necessidade de ter) provas convincentes de que o regime de Bashar al-Assad está por trás do ataque com armas químicas, que deixou centenas de mortos em 21 de agosto.
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O governo do conservador David Cameron submeteu ao Parlamento uma monção que abre caminho para uma intervenção militar contra a Síria, que requererá uma segunda votação, uma vez que as conclusões dos inspetores da ONU sobre o caso sejam divulgadas.
Responsabilidade do ataque químico na Síria não está 100% clara, afirma Cameron
O primeiro-ministro britânico David Cameron declarou nesta quinta-feira que está convencido de que o regime de Bashar al-Assad foi responsável pelo ataque químico de 21 de agosto, mas reconheceu que “não há 100% de certeza”, durante uma intervenção no Parlamento.
– Não há 100% de certeza quanto à responsabilidade” do ataque químico, mas “vocês precisam tomar uma decisão” -declarou David Cameron ao exortar os deputados a “responder a um crime de guerra”, adotando uma monção autorizando uma intervenção militar na Síria.
Mas “quanto ao fato de o governo sírio possuir e utilizar armas químicas não há sombra de dúvida”, declarou.
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– As evidências de que o regime sírio usou essas armas nas primeiras horas de 21 de agosto estão bem diante de nossos olhos – disse ele, citando relatos de testemunhas, informações sobre as redes sociais e pelo menos 95 “vídeos horríveis”.
– A questão na Câmara (dos Comuns) de hoje é sobre como responder a um dos mais hediondos uso de armas químicas – disse.
– Não se trata de tomar partido no conflito, não se trata de uma invasão, não se trata de uma mudança de regime ou mesmo uma aproximação da oposição (síria). Trata-se de utilização em larga escala de armas químicas e nossa resposta para um crime de guerra, nada mais – concluiu.