Uma unidade móvel do Hemosc foi apedrejada na manhã desta terça-feira quando saía de Florianópolis em direção a Itajaí para uma campanha de coleta de sangue. A suspeita da Secretaria Estadual de Saúde é de que o ataque tenha sido provocado por grevistas. O movimento dos servidores da saúde de SC foi retomado há uma semana quando a coleta de sangue na sede do Hemosc foi paralisada. Hoje, somente coletas de plaquetas estão sendo realizadas.

Continua depois da publicidade

O ônibus transportava uma equipe de oito pessoas entra elas médicos e enfermeiros e todo o material necessário para coleta quando, por volta das 6h, em frente à emergência do Hospital Celso Ramos, na Capital, foi apedrejado no parabrisa. O motorista da unidade móvel, Elson Toldo, não desistiu da viagem e passou a ser perseguido por um veículo até a BR-101. Ele conta que várias pedras passaram a ser jogadas contra ele durante o trajeto até chegar em um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) onde pediu ajuda.

– Precisamos ser escoltados até termos mais segurança para seguir em frente. A intenção era impedir a viagem, já que as coletas não estão sendo feitas durante a greve. Abrimos boletim de ocorrência, o que aconteceu foi um crime, um atentado contra a população que precisa de sangue – disse.

Secretaria de Saúde investiga o caso

Continua depois da publicidade

O secretário-adjunto de Saúde, Acélio Casagrande, informou que o veículo já foi identificado e que trata-se de um carro da marca Fiat alugado em uma empresa do Estreito, em Florianópolis. Segundo ele, não será difícil verificar quem foi o responsável pelo aluguel e se for um servidor da saúde a secretaria abrirá um Processo Administrativo Disciplinar ( instrumento para apurar as infrações e aplicar penalidades aos seus servidores públicos).

– É lamentável o que aconteceu. Não somos contra a greve, mas o fato colocou em risco a vida de muitas pessoas, não somente da equipe, mas de todas as pessoas que esperam por sangue, que inclusive, já está faltando – afirma Casagrande.

CONTRAPONTO

O Sindicato dos Trabalhadores em estabelecimentos de Saúde Público Estadual e Privado (Sindsaúde/SC) informou, por meio do diretor de comunicação e imprensa, Cláusio Pedro Vitorino, que desconhece o fato e que se ônibus foi apedrejado não há relação com os grevistas.

Continua depois da publicidade

– Se ocorreu, não foi um ato aprovado pelo comando de greve – informou.