Oeste se mantém no topo do ranking da educação em Santa Catarina

Dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) no fim da semana passada revelam poucas mudanças na geografia educacional catarinense. Assim como no último levantamento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), realizado em 2011, o desempenho do ensino de municípios do Oeste de Santa Catarina conquistaram todas as primeiras colocações nos anos iniciais do ensino fundamental. Na rede estadual, cidades da região também tiveram resultados positivos.

A última avaliação, de 2011, colocava Iporã do Oeste e São José do Cedro, ambos no Extremo-Oeste, como as melhores redes de ensino municipal de SC – a primeira nos anos iniciais do ensino fundamental, a segunda, nos finais. Em 2013, outras cidades como Salto Veloso, Itapiranga e Piratuba também conquistaram posições de destaque.

Leia mais:

:: Ideb “põe em xeque” gestão local, reconhece ministro da educação

:: Notas do ensino médio público gaúcho aumentam e RS sobe no Ideb

:: Confira todas as notas do Ideb 2013 no site do MEC

– Na maioria, são municípios pequenos, com apenas uma ou duas escolas. Quase todas as crianças estudam no mesmo lugar, o que acaba puxando o nível para cima. Além disso, nestes locais existe uma pressão social maior, pois a escola é uma referência comunitária muito grande – explica o diretor de Apoio ao Estudante da Secretaria do Estado de Educação, Osmar Matiola.

Resultados ruins e quedas nas notas

As cidades pequenas, entretanto, também ficaram entre as piores no ranking da educação estadual. O Ideb de Paulo Lopes, município da Grande Florianópolis com menos de 10 mil habitantes, caiu de 4 para 2,3 entre 2011 e 2013, quando se avaliou apenas os últimos anos do ensino fundamental.

Outros municípios como Ponte Alta, na Serra, e Rio das Antas, que também está no Oeste, sofreram quedas parecidas e também ficaram com algumas das piores posições do Ideb catarinense.

O QUE É O IDEB?

? O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado a cada dois anos, foi criado em 2007 para medir a qualidade das escolas e das redes de ensino no Brasil.

? Ele é calculado com a combinação de dois conceitos educacionais importantes: o fluxo escolar (a taxa de aprovação, reprovação e abandono) e o desempenho de estudantes em avaliações que medem o conhecimento em português e matemática, considerados base para para as demais disciplinas do currículo escolar.

? As provas que avaliam os estudantes são a Prova Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

? O Saeb avalia, por amostragem, alunos da 4ª série (5º ano) e 8ª série (9 º ano) do ensino fundamental, e do 3º ano do ensino médio, em matemática e português, de escolas públicas e particulares.

? Já a Prova Brasil é um exame nacional de português e matemática aplicado à 4ª série (5º ano) e à 8 ª série (9 º ano) de escolas públicas.

O QUE É FEITO COM

OS DADOS DO IDEB?

? Ordenados em uma escala que vai de zero a 10, os resultados do Ideb ficam no site do Ministério da Educação, disponíveis para qualquer pessoa.

? A meta do Plano de Desenvolvimento da Educação é que o Ideb do Brasil seja 6 em 2022. Esta média é um padrão definido como aceitável para os membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o clube das 34 nações mais desenvolvidas.

? Com os resultados, o governo determina metas para a educação e planeja a distribuição de recursos. Além disso, diretores e professores ficam sabendo como está o trabalho e podem promover mudanças.

? Os dados demonstram o resultado da turma e ajudam professores a analisar em que nível de aprendizado os estudantes se encaixam. Para cada nível, o MEC sugere o assunto que o aluno deveria dominar.