O presidente da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), Luiz Antonio Cosenza, declarou que estavam sendo feitas obras no terceiro e no nono andar do edifício Liberdade, na Avenida Treze de Maio, que desabou na noite de quarta-feira junto outros dois prédios no Rio de Janeiro.

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O engenheiro civil Antônio Eulálio Pedrosa Araújo, também do Crea, afirmou que as obras eram ilegais, pois não tinham autorização do conselho. Ele descartou a explosão de gás como causa do desabamento e apontou três possíveis motivos para a tragédia.

– O primeiro e mais provável é que a obra tenha provocado uma alteração estrutural com a retirada, por exemplo, de uma viga. A segunda hipótese seria a corrosão ou infiltração da laje da cobertura. A terceira seria o excesso de peso do material de construção utilizado na obra – afirmou Araújo.

Três mortes

O corpo de um homem foi encontrado por volta das 8h15min desta quinta-feira nos escombros dos prédios desabados. De acordo com a Globonews, ainda não foi divulgada a identidade da vítima.

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Por volta das 9h50min, o Corpo de Bombeiros confirmou à rede de televisão que um segundo corpo, de uma mulher, foi encontrado. Pouco depois, por volta das 10h, foi resgatado um terceiro corpo, também não identificado.

Segundo o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, cerca de 19 pessoas estão desaparecidas. No entanto, este número não foi confirmado ainda.

Desabamento

Por volta das 20h30min de quarta-feira, os prédios localizados na Avenida Treze de Maio, nos fundos do Theatro Municipal.

Familiares e amigos de pessoas desaparecidas e que estariam na região no horário do desabamento demonstram tensão e ansiedade em busca de informações. Antes deslocado para a sede da Caixa Econômica Federal, um centro de atendimento a pessoas atrás de notícias foi deslocado para a Câmara de Vereadores do município, que fica próximo aos prédios que ruíram.

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Em gráfico, veja onde ficam os prédios que desabaram