Há um ano começavam em Blumenau as cinco obras do pacote de mobilidade anunciado pela prefeitura. Com investimento financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com cifras acima de R$ 90 milhões, o conjunto de obras iniciou com a previsão de conclusão de algumas partes ainda em 2018, porém, 12 meses depois, a maioria das construções ainda não está nem na metade.
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Para não perder os prazos do BID e ter que pagar com o dinheiro dos próprios cofres o restante das obras, a prefeitura protocolou com o banco, a extensão do contrato e tem agora o prazo máximo de agosto de 2019 para finalizar a construção dos dois novos terminais de ônibus (na Itoupava Central e na Água Verde), a readequação da Rua General Osório, a duplicação da Rua Humberto de Campos (entre o portal da Vila Germânica e a Rua Marechal Deodoro) e o binário da Rua Chile.
::: Prolongamento da Rua Humberto de Campos tem data de inauguração definida
Segundo o secretário de Infraestrutura Urbana, Alexandro Fernandes, foi necessário reprogramar as obras por conta do atraso nas desapropriações e pela inclusão de novos trabalhos nos locais. Ele explica que, para aproveitar as intervenções, alguns serviços de drenagem que não estavam previstos foram adicionados.
– Protocolamos e foi tudo aprovado com o BID, os aditivos que não passam do estabelecido por lei de no máximo 25% e o novo prazo. Agora temos o limite de agosto de 2019 e estamos com todas as obras dentro de um cronograma para cumprir essa meta – explica o secretário.
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As desapropriações acabaram sendo, segundo Fernandes, o principal gargalo do pacote de obras. A verba do BID não contemplava o custo dessas indenizações e, portanto, a administração municipal precisou buscar outros financiamentos ou orçamento próprio para pagar essa conta. Agora, segundo o secretário, faltam ainda cerca de R$ 12 milhões para as últimas desapropriações na Rua General Osório, no segundo trecho da duplicação da Rua Humberto de Campos – entre as ruas Itapiranga e Marechal Deodoro – e na República Argentina para o binário com a Rua Chile.
Oktoberfest forçou rapidez em obra
A primeira entrega do pacote deve ser no mês que vem, do primeiro trecho da duplicação da Rua Humberto de Campos, na via entre a Rua 7 de Setembro e a Rua Itapiranga. A obra naquele ponto precisou ser adiantada para que terminasse antes do início da Oktoberfest. Assim, será liberada provavelmente algumas semanas depois da inauguração do prolongamento da Rua Humberto de Campos – que é o novo trecho depois da Rua Marechal Deodoro –, marcada para o dia 7 de setembro.
Por outro lado, a obra que deve ser a última a ficar pronta é a da Rua General Osório – com 22% executados e terrenos no caminho para desapropriar.
– A prefeitura está buscando novas linhas de financiamento para bancar as desapropriações que faltam e colocar todas as obras no ritmo. Por exemplo, os dois terminais estão em fases bem diferentes de execução, mas têm o mesmo contrato. Então vamos acelerar para colocar o Terminal Oeste (na Água Verde) no mesmo nível do Norte (na Itoupava Central) – explicou o secretário de Infraestrutura Urbana.
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Detalhes das construções
Confira a seguir como está o andamento de cada obra que integra o pacote:
Terminal das Itoupavas
O novo terminal integrado da região Norte ficará entre as ruas Mário Giese e Gustavo Zimmermann, na Itoupava Central. A obra prevê ainda uma rotatória no cruzamento das ruas Doutor Pedro Zimmermann, Mário Giese e Ricardo Georg, uma ponte na Rua Mário Giese e o alargamento da Rua Gustavo Zimmermann no trecho próximo à nova estrutura, que também terá estacionamento para carros e bicicletário.
Ficha técnica
Trecho: entre as ruas Mário Giese e Gustavo Zimmermann, na Itoupava Central
Empresa contratada: MJRE Construtora e Compasa do Brasil Distribuidora de Derivados de Petróleo
Valor inicial: R$ 18.410.945,81
Prazo atualizado: maio de 2019 (iniciada em 22 de agosto de 2017)
Evolução: 52,24%
Terminal da Água Verde
Ficará no trevo das ruas General Osório, Johann Ohf e Guilherme Poerner, no bairro Água Verde. Terá uma área de 4.280 metros quadrados (metade coberta) e também terá estacionamento para ônibus, veículos e bicicletas, além de uma área de lazer ao lado.
Ficha técnica
Trecho: entre as ruas Guilherme Poerner, General Osório e Johann Ohf, no bairro Água Verde
Empresa contratada: MJRE Construtora
Valor inicial: R$ 15.503.728,70
Prazo atualizado: maio de 2019 (iniciada em 22 de agosto de 2017)
Evolução: 19,91%
Readequação da General Osório
A obra pretende aumentar a largura dos passeios e a capacidade de tráfego da via no trecho entre as ruas Bahia e Tóquio, próximo da região alcançada pelo prolongamento da Rua Humberto de Campos. A via passará a ter três faixas em vez das duas atuais – uma delas, reversível.
Ficha técnica
Trecho: entre as ruas Bahia e Tóquio, nos bairros Velha e Salto Weissbach
Empresa contratada: Compasa do Brasil Distribuidora de Derivados e Petróleo
Valor inicial: R$ 14.169.761,39
Prazo atualizado: agosto de 2019 (iniciada em 22 de agosto de 2017)
Evolução: 22,56%
Duplicação da Rua Humberto de Campos
Entre o pórtico da Vila Germânica e a Rua Marechal Deodoro haverá seis pistas, três em cada sentido – uma para ônibus e as outras duas para os demais veículos. Entre a Delegacia Regional e o pórtico a pista deve ser alargada para ter duas faixas em cada sentido. Em frente ao pórtico da Vila, a rotatória dará lugar a semáforos e a conversão à esquerda será proibida. A intenção é dar mais fluidez e interligar o trecho ao prolongamento da mesma rua.
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Ficha técnica
Trecho: entre a Rua 7 de Setembro e a Rua Marechal Deodoro
Empresa contratada: Engeplan Terraplanagem Saneamento e Urbanismo
Valor inicial: R$ 18.156.885,30
Prazo atualizado: primeiro trecho (da Rua 7 de Setembro até a Rua Itapiranga) até o fim de setembro de 2018; segundo trecho (da Rua Itapiranga até a Rua Marechal Deodoro) no primeiro semestre de 2019 (iniciada em 22 de agosto de 2017)
Evolução: 39,52%
Binário da Rua Chile
A ideia é fazer um binário da Rua Chile com a Rua República Argentina, no trecho entre a Ponte Adolfo Konder e a Rua México. Para isso, a Rua Chile será prolongada. O resto da obra compreende melhorias na República Argentina até o Anel Viário Norte, onde será feita uma rotatória na Rua Luiz Eleodoro da Silva para facilitar o trânsito de quem acessa a cidade pela Rua Silvano Cândido da Silva Sênior. Além do impacto no trânsito, as obras na região ocorrerão pensando na integração com a futura Ponte do Centro. O projeto contempla 4,2 quilômetros de ciclovia e calçadas.
Ficha técnica
Trecho: Ponte Adolfo Konder ao Anel Viário Norte, no bairro Ponta Aguda
Empresa contratada: Consórcio MJRE-SEEL
Valor inicial: R$ 18.092.780,52
Prazo atualizado: primeiro trimestre de 2019 (iniciada em 22 de agosto de 2017)
Evolução: 48%
Fonte: Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana