Funcionários da Casa Branca confirmaram que o presidente norte-americano Barack Obama está disposto a lançar um ataque militar na Síria mesmo sem o apoio do seu grande aliado, o Reino Unido. As informações foram divulgadas pelo jornal The New York Times nesta quinta-feira.

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A notícia veio à tona depois que o primeiro-ministro britânico, David Cameron, foi derrotado pela oposição ao defender no Parlamento uma intervenção militar contra o regime de Bashar al-Assad. Depois de perder as esperanças de conseguir autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas para combater os supostos ataques de Assad, Obama sofreu a segunda baixa na tentativa de obter apoio para agir na Síria.

Fontes ouvidas pelo jornal afirmaram, ainda, que Obama ainda não tomou uma decisão final sobre a ação. No entanto, indícios apontam que a intervenção dos Estados Unidos deve ocorrer tão logo os inspetores da ONU deixem a Síria, o que está previsto para este sábado.

De acordo com autoridades do Pentágono, um quinto destróier foi deslocado para o Mar Mediterrâneo. Cada navio carrega dezenas de mísseis de cruzeiro Tomahawk que, provavelmente, seriam o ponto central de qualquer ataque à Síria.

Caso decida pela intervenção militar no país, Obama se juntará a outros dois ex-presidentes norte-americanos que optaram por um bombardeio unilateral sem receber apoio internacional. Ronald Reagan autorizou um ataque aéreo a Trípoli em 1986 depois de concluir que a Líbia era responsável por um atentado ocorrido em uma boate de Berlim. Na ação líbia, dois militares americanos morreram. Já Bill Clinton ordenou ataques com mísseis contra o Afeganistão e o Sudão em 1998 depois de dois bombardeios a embaixadas norte-americanas no Quênia e na Tanzânia.

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