Catarinense de Indaial, no Vale, o escritor Werner Zotz passou a infância em Rio Negrinho, no Planalto Norte, e morou em Joinville, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo. Mas foi em Florianópolis que encontrou seu verdadeiro lar.
Continua depois da publicidade
Premiado com as maiores distinções da literatura brasileira na década de 1970, Zotz também atuou em agências de propaganda e várias editoras. Foi pioneiro como marqueteiro político em 1982, no Paraná. Então, veio a Florianópolis, ao fazer a campanha eleitoral do ex-governador do Estado Pedro Ivo, em 1986.
– Depois que ele venceu, fui secretário de Comunicação e nunca mais deixei a Capital – conta.
Em 1990, voltou ao ramo editorial. Zotz se autointitula um bicho do mato, criado no campo e do qual nunca conseguiu se afastar. Mesmo morando na Capital, mantém uma fazenda em Bom Retiro, a 140 quilômetros de Florianópolis.
Continua depois da publicidade
– Fui criado com um rio atrás de casa. Então, minha paixão era entrar numa canoa e pescar. Em Joinville, mantive isso, no Rio Cachoeira. Daí pro mar foi rápido. Em Florianópolis, primeiro fui morar em Santo Antônio de Lisboa, e logo tinha minha canoa, depois uma lancha. Não sou de ficar na areia torrando, mas dentro de um barco é outra história.
Hoje, Zotz mora num apartamento no Centro. Seu escritório tem uma belíssima vista para a Beira-Mar Norte.
– Em que outra cidade você vai à janela e vê esse mar. Ah, as pessoas falam do trânsito, mas para quem morou em São Paulo, o trânsito daqui não é tão ruim.
No trabalho, Zotz já recebeu a filha de um dono de pousada de Fernando de Noronha, que tinha morado na Austrália. Ela era muito orgulhosa da sua terra natal e do país onde tinha morado. Mas se rendeu.
Continua depois da publicidade
– Não conheço ninguém que tenha visitado Floripa e não tenha se apaixonado por ela.
Quando recebe visitas, ele tem um passeio perfeito.
– Começo levando pela Beira-Mar Norte. Só o RJ tem uma tão bela quanto a nossa. Depois passo pela Lagoa da Conceição. Um almoço na Costa da Lagoa, e depois um passeio pelo Rio Vermelho, onde é possível ver vacas pastando. Ninguém resiste.