A temporada é de descobertas para Judson. Aos 23 anos, o volante do Avaí vive um ano totalmente diferente. Pela primeira vez na vida, ele mora fora do Rio Grande do Norte. Nascido e criado em Arez, cidade a 58 quilômetros da capital Natal, o potiguar viveu no Leão o pior momento da carreira e agora volta a sentir o gosto da vitória e do reconhecimento.

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Judson, volante do Avaí, fala sobre lesão e futuro do time

A lesão trouxe grandes aprendizados. O primeiro deles: exercícios demais também fazem mal. Judson pode ser encaixado como um workaholic – um viciado em trabalho. Uma hora antes de começar as atividades na Ressacada, ele já está na academia do clube fazendo core – treino para os músculos da região abdominal, lombar e pélvica. Depois do trabalho em campo, com Claudinei Oliveira, o volante ainda faz exercícios para os músculos superiores.

– Faço isso sempre acompanhado do nosso preparador físico. Desde mais novo, eu gosto de fazer isso (chegar mais cedo e treinar), mas hoje aprendi que tem que ser tudo acompanhdo. Quem não gosta é a rapaziada que de vez em quando dou carona, afinal eu chego bem mais cedo – diz Judson com um sorriso largo no rosto.

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A virada do Leão na temporada

Judson voltou a ser titular contra o Vasco. Desde então, não saiu mais do time. Ele reconquistou seu espaço depois de muita espera.

– A lesão atrapalhou muito. Voltei a jogar com um pouco de dor, porque não podia ficar mais tempo fora. Já tinha perdido espaço e podia não recuperar mais. Agora, consegui uma sequência e estou no meu melhor fisicamente, tecnicamente e clinicamente – garante Judson.

O volante está desde o início da temporada e acompanhou as glórias e os insucessos do ano no clube. Ele não esconde que o acesso é essencial para terminar bem 2016, depois da má impressão causada no Estadual.

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– O que mais ficou na minha cabeça desse período no Catarinense foi a derrota para o Brusque, fora de casa. A gente achou que ao chegar na Ressacada iria para casa, mas a torcida estava lá para protestar, e com razão. Não podíamos deixar essa situação se repetir na Série B, mas o nosso primeiro turno foi instável. Aconteceu algo no início do returno que nós jogadores nos fechamos e mudamos. O grupo ficou unido e tudo começou a dar certo – analisou Judson.

(Foto: Felipe Carneiro / Agencia RBS)

É um consenso entre os atletas avaianos que a partida da virada foi a vitória sobre o Sampaio Corrêa, na 21ª rodada, por 2 a 1, a primeira fora de casa.

– Ali nos fechamos. Jogamos bem e conseguimos quebrar um jejum que colocava pressão nas nossas costas. Aí o Claudinei (Oliveira, técnico) chegou. Ele é muito legal, sempre conversando com os atletas e nos fez pensar jogo a jogo. E assim foi, agora temos uma decisão contra o Náutico, em casa. Se nós vencermos, ficaremos muito perto do acesso – disse o volante.

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Apaixonado por Florianópolis – cidade em que, segundo Judson, não existe pizza ruim –, o volante pretende seguir no Leão.

– Fui muito bem recebido. A cidade é maravilhosa, as pessoas são hospitaleiras e a segurança é excelente, minha família adorou – conta o jogador.

Erika, esposa do atleta, é a mais feliz com a titularidade de Judson e torce demais por ele.

– Feliz pela boa fase e por ele não ficar muito no estádio. Porque, se não joga, ele vai depois da partida para academia treinar e eu acabo sendo a única esposa a esperar o marido – contou a também potiguar, mãe das meninas Tauana e Samira.

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