Juan Manuel Fernandez Perez e Viviana Gisela Knappe são pediatras argentinos que desde abril de 2014 estão em postos de saúde de Blumenau por meio do programa Mais Médicos. Para os dois, a escolha de vir ao Brasil surgiu do sonho de tentar a vida em outro país.
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– Ficamos sabendo do Mais Médicos e esperamos os primeiros chamados para ver as reações. Embora houvesse críticas, não percebemos nada de grave no programa, então encaramos – conta Viviana, que diz ter escolhido Blumenau por ser uma cidade de médio porte, com boa estrutura.
Como médicos estrangeiros contribuem no atendimento à saúde da população do Vale
O casal já pensar em dar continuidade à carreira no Brasil. Ambos querem fazer o exame de validação do diploma de médico, o Revalida, obrigatório para a atuação na rede de saúde pública e privada fora do Mais Médicos.
– O médico intercambista vem com um visto de trabalho de três anos e a autorização para trabalhar nos postos de saúde. Para trabalhar fora do programa em qualquer outro lugar ele precisa do Revalida, que é um teste feito pelas universidades – explica o coordenador do programa, Rafael de Franceschi.
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Juan e Viviana dizem estar satisfeitos com a vida em Blumenau e em tom com a comunidade, mas nem sempre foi assim:
– O começo foi estressante. Dificuldade com a língua, com as burocracias do SUS, encaminhamentos e tudo mais. Depois deu certo, eu gostei – diz Juan.
Viviana conta que a adaptação, para ela, foi um pouco mais fácil, mas que mesmo assim sentiu as dificuldades do sistema de saúde brasileiro:
– A burocracia faz parte do Brasil. Pelo menos o SUS funciona. Tem demora, tem muita burocracia, mas funciona. Eu vejo o resultado com o meu paciente conseguindo o tratamento.
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