A violenta dispersão dos acampamentos de manifestantes no Cairo que exigiam o retorno do presidente deposto Mohamed Mursi e os confrontos em todo o Egito deixaram pelo menos 525 mortos, segundo levantamento do ministério egípcio da Saúde divulgado nesta quinta-feira. O balanço anterior do governo era de 464 mortos

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Esse foi o dia mais violento desde a revolta que derrubou o presidente Hosni Mubarak no início de 2011.

Um total de 202 pessoas morreram somente na praça Rabaa al-Adawiya, onde os partidários de Mursi acampavam desde 3 de julho, dia do golpe de Estado que derrubou o presidente, anunciou Khaled al-Khatib, diretor do serviço de emergência do ministério da Saúde.

Outras mortes aconteceram na praça Al-Nahda – um pouco menor e também ocupada há um mês e meios pelos partidários de Mursi – e no restante do país.

Após os confrontos, o exército instaurou estado de emergência durante um mês no país, com um toque de recolher em metade do Egito das 19h (14h de Brasília) às 6h (1h).

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O governo do Egito anunciou ainda o fechamento por tempo indeterminado da passagem de fronteira com Gaza.

Centenas de trabalhadores palestinos atravessam todos os dias a passagem de Rafah, na península do Sinai.

Galeria de fotos: o Egito um dia após o massacre