Se fosse uma final de campeonato, Santa Catarina teria levado três de cinco troféus nacionais. Pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que é em solo catarinense onde 174 mil pessoas escolheram fixar moradia entre 2005 e 2010, o maior crescimento no número de imigrantes dos últimos dez anos do país.

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O aumento de 59,1%, no total de pessoas que saíram de seus Estados para morar em Santa Catarina elevou para 174.112 a mais o número populacional de SC, quase o triplo do índice contabilizado entre 1995 e 2000, que foi de 59,9 mil pessoas. O destino destes imigrantes também mudaram o jeito de ser de muitas cidades.

Em Balneário Camboriú 79,23% dos moradores não nasceram no município. Em Florianópolis apesar da metade da população não ter nascido na cidade, os números derrubam um mito: o manezinho não é raridade ele representa 48,29% das pessoas que vivem na Capital.

O município mais catarinense do Estado é Atalanta. Um pedacinho de terra do Vale do Itajaí colonizada por italianos e alemães onde moram 3.300 habitantes, 99,43% deles nasceram no Estado. Depois vem Agronômica (99,26%) e Bela Vista do Toldo (99,23%). Formosa do Sul, no Oeste, é a cidade das raízes. Lá 90,92% dos moradores moram no município há mais de 10 anos. Ao contrário de Vidal Ramos, no Vale do Itajaí, onde 67,86% estão na cidade há menos de um ano.

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Santa Catarina só não venceu no quesito fecundidade e índice de pessoas com alguma deficiência. No primeiro caso, a taxa é de 1,72 (filhos por mulher), a terceira menor do país. Um dado que preocupa, afinal, segundo IBGE, o número para garantir a continuidade das gerações deveria ser acima de 2,1. Quanto à deficiência só perde para Roraima. No Estado, 21,3% dos entrevistados indicaram ter algum tipo de deficiência e em Roraima 21,2.

Quanto à renda da família, Santa Catarina ocupa o quarto maior índice de rendimento chegando a R$3.083 e o melhor índice de pessoas empregadas, 71,6% da população.

Os números fazem parte do documento dos resultados gerais do censo 2010, divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE. A pesquisa inclui informações sobre migração, fecundidade, educação, trabalho e rendimento, pessoas com deficiência e até o tempo de deslocamento para o trabalho. Santa Catarina saiu ganhando em quase todos os tópicos. Mas foi o tema migração que mais chamou a atenção do país.

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Censo também revelou que Santa Catarina é o estado com o menor número de crianças entre 6 e 14 anos fora da escola.