Teliana Pereira é uma brasileira acostumada a quebrar barreiras. Melhor do país, ela é o símbolo da retomada do tênis feminino no Brasil. Antes dela, a última tenista nacional a estar entre as 100 melhores do mundo foi Andréa Vieira, em 1990, com a 95ª posição.
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Com bons resultados, a pernambucana radicada em Curitiba tem conseguido trazer ânimo para o torcedor em ver uma brasileira vencendo o WTA (Associação Feminina de Tênis) local. Em 2013, na primeira edição do Brasil Tennis Cup, Teliana era apenas a número 156 de mundo e um título parecia sonho distante. A partir desta segunda-feira ela entra nas quadras do Costão do Santinho – onde está acontecendo a terceira edição do torneio em Florianópolis – como uma das favoritas ao troféu e com grandes esperanças de que em 2016 possa ser a representante brasileira na Olimpíada do Rio de Janeiro.
Em abril, a tenista conquistou o seu primeiro título de WTA. Em Bogotá (Colômbia), ela bateu a cazaque Yaroslava Shvedova na decisão para levantar o primeiro troféu brasileiro em 27 anos. A última conquista nesse nível do Brasil tinha sido com a gaúcha Niege Dias, que conquistou o WTA de Barcelona, em 1988. Agora, no Brasil Tennis Cup, ela tenta o segundo título. Sempre disputado em quadra dura, este ano a competição será no saibro, justamente a superfície que mais agrada Teliana.
Como torneios no Brasil, como o Brasil Tennis Cup e o Rio Open, tem ajudado ao tênis feminino nacional crescer?
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Teliana – Tem ajudado bastante, a visibilidade é muito grande. As meninas têm a possibilidade de jogar um WTA e estar em contato com fortes jogadoras no top 100 mundial. Além disso, elas podem pontuar para subir no ranking.
O Brasil Tennis Cup mudou este ano de superfície. Antes era dura e agora a disputa será no saibro. Isso ajuda o seu jogo?
Teliana – Fiquei feliz por ser no saibro. Essa superfície é onde tenho mais confiança e consigo desenvolver melhor o meu jogo.
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A grande aposta da organização neste ano são as brasileiras. Acredita que terá uma maior pressão por um melhor resultado?
Teliana – Jogar no Brasil é sempre diferente. Tem uma pressão maior, mas quero encarar de forma tranquila. Venho de uma sequência de duas edições de WTA no saibro (Bucareste, na Romênia, e Gastein, na Áustria), então, quero aproveitar o ritmo de jogo.
Qual é a sua estratégia para estar na Olimpíada em 2016?
Teliana – Principal objetivo é continuar evoluindo meu jogo e ter bons resultados em grandes torneios.
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Quem pode ser sua grande adversária nesta edição do Brasil Tennis Cup?
Teliana – Todas as jogadoras que disputam um WTA são fortes. Quero encarar jogo a jogo.
Sua família mora em Curitiba, no Paraná. Eles pensam em vir para Florianópolis para acompanhar as partidas?
Teliana – Eles ainda não decidiram, mas estou tentando levá-los para ver a competição.
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