A Vigilância Ambiental de Joinville, com o apoio da Polícia Militar, interditou, nesta quarta-feira, um depósito de ferro velho no bairro Itaum, zona Sul de Joinville.

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No local foram encontrados 29 focos do mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue.

Como o mosquito se reproduz em água parada e limpa, a carcaça dos carros é um dos ambientes mais propícios para a reprodução da larva do inseto. Segundo a coordenadora da Vigilância Ambiental, Vanderli de Oliveira, o pedido de adequação do estabelecimento foi feito no ano passado.

– O responsável foi previamente orientado e, quando regularizar o local, pode abrir novamente -, explica.

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Desde o início de 2015 já foram registrados 80 focos positivos, sendo 57 deles apenas no bairro Itaum. Durante o ano passado foi registrado um total de 254 focos positivos. De acordo com Vanderli, a situação é preocupante em toda a cidade, mas principalmente no Itaum.

– Nós temos um raio bastante extenso, desde a rua São Paulo até a rua Florianópolis. É realmente necessário que a população se conscientize e faça a vistoria em suas casas -, alerta.

A coordenadora explica que nesta época do ano as chuvas são mais intensas e muitos moradores saem da cidade, deixando ao ar livre recipientes que podem se transformar em incubadores do mosquito.

– É preciso eliminar todo e qualquer recipiente que acumule água parada, a vasilha do animal de estimação, a calha entupida e até mesmo uma tampa de garrafa. É essencial vistoriar constantemente, pois a comunidade tem de se sensibilizar de que a dengue pode realmente estar se instalando em Joinville -, declara.

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Por meio do Programa de Controle à Dengue, da Secretaria de Saúde, equipes de delimitação de focos atuam no monitoramento diário nas residências da região.

Ao todo, 1.375 armadilhas foram instaladas em toda a cidade, sendo visitadas semanalmente; além de outros 537 pontos estratégicos, sendo 287 deles visitados quinzenalmente, e o restante visitados mensalmente.

Vanderli reforça que orientações simples como não deixar água acumulada, limpar calhas e encher de areia os pratos de vasos de plantas contribuem para evitar a proliferação da larva do mosquito.

Precaução em dobro

Além da caça aos mosquitos e larvas do aedes aegypti, transmissor da dengue, os agentes também estão atentos à presença do aedes albopictus, transmissor da febre chikungunya, que se caracteriza por febre de início súbito (tipicamente maior que 38,5°C) e dor articular intensa em tornozelos, punhos e mãos.

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Para prevenir casos da febre chikungunya, devem ser tomadas as mesmas medidas para prevenção da reprodução do mosquito da dengue.

– Hoje a nossa preocupação, além da dengue, é também a febre chikungunya, que pode ser transmitida tanto pelo aedes albopictus, quanto pelo aedes aegypti -, destaca a coordenadora da Vigilância Ambiental, Vanderli de Oliveira.