A construção do elevado da avenida Santos Dumont em Joinville terá de esperar um pouco mais para sair do papel. Isso porque a falta de consenso para a desapropriação de um terreno localizado no cruzamento da avenida com a rua Tuiuti, onde há um posto de combustível, impede a liberação da ordem de serviço, que deveria ter sido emitida na última segunda-feira.

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Enquanto uma placa fixada em um terreno vazio, do outro lado da rua Tuiuti, pede o valor de R$ 1,5 milhão para quem quiser comprá-lo, a Prefeitura e o governo do Estado oferecem R$ 1 milhão para tirar o posto do local e fazer uma alça de acesso à avenida.

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Quando começou a se falar na duplicação e na construção de um elevado na esquina, o posto estava sendo vendido por cerca de R$ 6 milhões. O negócio, entretanto, não avançou por causa das especulações sobre a desapropriação.

O clima ficou mais acirrado quando foi colocada no local uma placa com o preço da obra e o prazo para o término. Mas tudo piorou quando os proprietários do posto e do terreno receberam um comunicado de que a área havia se tornado de “interesse público”, um convite para que eles se retirassem do local de bom grado. Essa é a história comentada pela vizinhança para o poder público concluir a obra.

Os proprietários – dono do posto e o do terreno – preferem não comentar o assunto. Mas quem frequenta o estabelecimento, por trabalhar ou morar na região, conhece a história.

– Ninguém veio aqui negociar. Eles só receberam uma carta – afirma o cliente André Luiz Klein, antes de abastecer o veículo.

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Segundo ele, quem passa pelo cruzamento que terá o viaduto, em geral segue pela rua Tuiuti em direção aos bairros Jardim Paraíso, Aventureiro e Iririú. Poucos motoristas, na avaliação dele, trafegam em direção ao aeroporto, trecho de menor movimento e onde as negociações para a duplicação estão mais adiantadas.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento e Integração Regional de Joinville, Danilo Conti, 21 propriedades devem ser indenizadas para a duplicação da Santos Dumont nos trechos central e Norte, entre a rotatória situada próxima ao Garten Shopping e o aeroporto. O traçado do viaduto, diz Conti, passa por nove propriedades e a maioria delas perderá apenas parte do terreno.

Prefeitura propõe acordo

A Prefeitura de Joinville, que atua como facilitadora nas desapropriações dos terrenos, propõe o pagamento de subsídios que permitam o deslocamento da estrutura do posto de combustível dentro do mesmo terreno. Danilo Conti afirma que todas as negociações são feitas com os proprietários e a concordância deles para continuar a obra é a prova disso.

A Secretaria de Estado da Infraestrutura informa que a obra do viaduto foi orçada em R$ 22 milhões e que o Estado investirá R$ 7 milhões nas indenizações. O secretário da pasta, João Carlos Ecker, ressalta que a mudança no projeto, transformando em binário o primeiro dos três trechos da duplicação, diminuiu os custos com as desapropriações.

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