Sem proposta salarial nova, uma outra reunião entre governo do Estado e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) ficou marcada para a próxima segunda-feira, dia 9. Enquanto não há acordo, a folha de pagamento de março para cerca de 30 mil professores já rodou com o novo valor do piso nacional do magistério de R$ 1.451.
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Além pagar o novo piso _ reajustado em 22% para os profissionais que ganhavam abaixo disso _ o governo propôs repassar o percentual de aumento aos outros 30 mil docentes de maneira parcelada: 8% foram dados neste ano e o restante seria dividido entre 2013 e 2014. A proposta foi rejeitada pela categoria, em assembleia estadual, feita em 15 de março.
Uma das possibilidades, para conseguir avançar, seria incorporar ao vencimento a gratificação chamada regência de classe – um percentual de 25% ou 40% sobre o salário-base – dada a todos os professores.
– Cerca de 18 estados estão com problemas em pagar o piso, destes, a maioria fala em incorporar a regência. Vamos ter que sentar e chegar a soluções que sejam possíveis – relatou o secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps.
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Ele ainda observa que apesar de a proposta não ter sido aceita, o sindicato não apresentou nenhuma outra sugestão para que se conseguisse avançar.
A coordenadora do Sinte, Alvete Bedin, espera que na próxima semana se chegue a um consenso. Caso contrário, os professores irão entrar em greve a partir do dia 17. Essa decisão foi tomada em assembleia estadual. Para ela, falta o governo tratar a educação como prioridade.
Sobre a possibilidade de incorporar a regência de classe ao vencimento, ela descartou. Alvete relembrou que na última greve isso foi bastante debatido.
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– A categoria já deixou claro que não aceita a incorporação da regência e não vamos aceitar nesse ano – concluiu.