No quinto dia da greve nacional dos petroleiros, trabalhadores das quatro transportadoras da Petrobras em Santa Catarina – São Francisco do Sul, Guaramirim, Biguaçu e Itajaí – permanecem de braços cruzados nesta segunda-feira. Segundo o Sindicato dos Petroleiros do Paraná e de Santa Catarina (Sindipetro-PR/SC), a adesão sofreu “pequenas baixas”, mas cerca de 90% dos profissionais continuam parados.
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Embora evitem dar maiores detalhes e citar prazos, tanto petroleiros quanto donos de postos admitem que a paralisação pode afetar o abastecimento de combustíveis no Estado nos próximos dias.
Na região Norte, onde atuam pelo menos 1,2 mil empreendimentos, não houve reclamação de falta de combustível até agora, conta o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina, Lineu Barbosa Villar.
– Muita gente reforçou os estoques depois que a greve foi anunciada. Mas dizer quando vai faltar é uma incógnita. Cada posto tem a sua demanda – conta.
Na manhã desta segunda-feira, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) rejeitou a contraproposta de reajuste salarial feita pela Petrobras. A pauta de reivindicações dos trabalhadores propõe reajuste real de 5%, além de recomposição da inflação. A empresa ofereceu reajuste real entre 1,41% e 1,80%. Além disso, os sindicalistas reclamam que a estatal não ofereceu melhorias nas condições de trabalho.
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– É inadmissível a Petrobras apresentar uma proposta incompleta com a categoria em greve em todo o País – divulgou a FUP, em nota.
Segundo a Federação, a estatal propôs nova reunião nesta terça-feira para dar continuidade às negociações. A Petrobras não se posicionou sobre o resultado da reunião.
A paralisação, de acordo com a FUP, atinge 42 plataformas na Bacia de Campos, além de refinarias e centros de distribuição em 16 Estados. Segundo o secretário de Comunicação da FUP, Francisco José de Oliveira, os sindicalistas devem intensificar a greve após a rejeição da última proposta de acordo.