O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, afirmou que a reunião do Fórum Parlamentar sobre o andamento das obras de duplicação da BR-470, realizada sexta-feira em Blumenau, trouxe uma série de esclarecimentos. Porém, destacou que a situação atual exige mais do que explicações por parte do governo federal:
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– Estamos cansados de esclarecimentos. O que nós precisamos são ações práticas para que a obra aconteça – cobra o líder empresarial.
Côrte diz que o encontro pelo menos serviu para que o governo, por meio do DNIT, admitisse que a situação é crítica. Mas lembra que é função do poder público dar sequência às obras na rodovia.
– No discurso a BR-470 é prioridade, mas na prática não – lamenta.
Côrte destacou ainda o adiamento da conclusão da obra no Plano Plurianual do governo federal, que passou de 2017 para 2022, e o baixo retorno dos impostos recolhidos por Santa Catarina, que em sua opinião deveriam ser revertidos em benefícios como a melhoria das estradas. De acordo com o presidente da Fiesc, só no ano passado o Estado enviou R$ 45 bilhões a Brasília em tributos federais. Para ele, parte expressiva deste montante deveria voltar para investimentos em rodovias.
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Côrte disse ainda que, das 36 obras do governo federal que a Federação acompanha, 72% delas têm o prazo expirado ou estão com o cronograma comprometido.
O superintendente do DNIT-SC, Vissilar Pretto, esteve em Blumenau nesta sexta-feira para participar do Fórum Parlamentar Catarinense. Ao Santa, falou que a crise econômica comprometeu a liberação de recursos para as desapropriações necessárias para a obra. Ele também revelou que não há data para a realização dos mutirões.