A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou na segunda-feira que Porto Rico abriu mercado para a carne suína produzida pelo Brasil. O país teria aceito o modelo de Certificado Sanitário Internacional (CSI) proposto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Agora, para que as negociações ocorram de fato, é preciso que o governo federal publique uma circular oficializando o processo, o que, segundo a ABPA, deve levar no máximo 30 dias.

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Entretanto, a novidade ainda não chegou à Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina – parte interessada nas negociações, já que o Estado é um dos únicos com certificação para exportar–, que afirma que não há nada fechado até o momento.

Segundo a Secretaria da Agricultura do Estado, as negociações com Porto Rico não são de agora, mas existe a possibilidade de acordo até o fim do ano. Até lá, equipes do Ministério da Agricultura devem ir ao país para seguir com as tratativas e avançar na definição de volumes e valores.

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Preços mais atrativos

Losivânio de Lorenzi, da ACCS, afirma que, caso isso se concretize, Santa Catarina só tem a ganhar. Atualmente, o Estado é o único livre da febre aftosa sem uso de vacina, quesito indispensável para conseguir exportar para países como Porto Rico. Apesar disto, falando de negócios em si, Lorenzi alerta que, mesmo com a abertura do mercado, as vendas ainda podem demorar para acontecer.

— Hoje, Porto Rico já é abastecido pelo Canadá e pelo México e para conseguirmos entrar nesse mercado precisamos ser competitivos com os preços, o que hoje não acontece devido aos altos custos de produção — afirma o presidente.

Ele ressalta que a legislação sanitária de Porto Rico é a mesma seguida pelos Estados Unidos.

— Isso, sim, é um fato para se comemorar. O reconhecimento sanitário e a qualidade genética da produção catarinense foram reconhecidos e, talvez, poderemos num futuro mais distante, exportar para os americanos — celebra.

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