O resultado da Necropsia da baleia encontrada morta e encalhada na segunda-feira na praia do Molhe, em São Francisco do Sul, Norte do Estado, não tem previsão para ficar pronto. As amostras do corpo do animal serão encaminhadas para o laboratório da Universidade de São Paulo (USP) e analisadas por especialistas da área, sem data prevista de conclusão.

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– Talvez a gente não consiga precisar o motivo da morte. Nós tivemos uma surpresa quando abrimos a baleia e verificamos que não estava fresca. Os órgãos em estado de decomposição comprometeram a análise – explica a coordenadora do Projeto Toninhas da Univille de São Francisco, Marta Cremer.

As biólogas do projeto constataram que o animal já estava morto há cerca de três dias. O mamífero era um macho adulto de aproximadamente 13 metros de comprimento e 30 toneladas. Outro fato que chamou a atenção é que a baleia da espécie Bryde não é comum no litoral catarinense. Segundo Marta, não há registros do animal na região há pelo menos 15 anos.

– Essa espécie costuma aparecer em águas mais profundas e estreitas como as do Rio de Janeiro. Em Santa Catarina, a gente não consegue vê-la porque a plataforma é mais distante – diz a coordenadora do projeto Toninhas.

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A intenção é enterrar a carcaça do animal e recuperá-la futuramente para montar o esqueleto e deixá-lo exposto para visitação.

– A carcaça precisa ficar enterrada por, no mínimo, dois anos. Nós ainda estamos pesquisando um local ideal – destaca a coordenadora do projeto.