Itapoá recebeu um gigante na sexta-feira. O supernavio de 334 metros de comprimento chamado Cosco Vietnam é o maior transportador de contêineres a operar na América do Sul.
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Quem teve a missão de manobrar este “bichão” até o cais do Porto Itapoá foi o prático Carlos Antonio Kelm. Esta foi a maior embarcação que ele já atracou nos 14 anos de experiência que tem de profissão e representou um desafio a mais para o prático. Confira a entrevista feita com Kelm.
Grupo RBS – Como foi a experiência de atracar o supernavio? O tamanho da
embarcação trouxe mais dificuldades?
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Carlos Antonio Kelm – Em Itapoá, já estamos atracando navios da classe “Santa”, como o Santa Catarina, que tem 300 metros de comprimento. O Cosco tem 34 metros a mais. A principal dificuldade é em relação a uma curva que existe no canal. Quanto mais comprido o navio, mais difícil passar por ela. É como uma carreta em uma curva na estrada.
Grupo RBS – Foi como o programado?
Kelm – Foi mais rápido do que imaginava. Não havia muito vento e a maré estava tranquila. Em uma hora fizemos toda a operação de atracação. Normalmente, levamos entre 1h15 e 1h30.
Grupo RBS – Qual é principal preocupação na hora de fazer a manobra com um supernavio como o Cosco? Com o que é necessário tomar mais cuidado?
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Kelm – O navio é uma massa grande com uma inércia muito grande. Temos que prestar atenção para ver como ele vai para o cais e na velocidade com a qual ele se move para frente. É preciso parar na hora certa, para não passar do local onde ele tem que atracar. Também é necessário ter muito cuidado para ele não bater no cais, pois um choque pode causar danos tanto na estrutura do navio quanto na do porto.