Célio Cardoso, 51 anos, dificilmente é chamado pelo nome. Blumenauense, ganhou em Itajaí o apelido se Célio Bananinha, que o tornaria conhecido. Há 13 anos, quando escolheu a cidade para viver, encontrou no São Judas a vida que sonhava – e não saiu mais de lá. Convidado pelo Sol Diário para mostrar o bairro onde vive através de seu ponto de vista, Célio diz que, se puder, não sairá do São Judas nunca mais.

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– É perto de tudo e é plano. Para mim, que vim de uma cidade cheia de morros, isso faz diferença. Encontrei o São Judas 13 anos atrás e acabei ficando – diz Célio.

Vendedor de rua, acostumado a circular pela cidade comercializando pães e bananinhas, Célio é a cara de um bairro que começou com a migração em massa de moradores de outros municípios da região, que vieram a Itajaí em busca de novas oportunidades de trabalho a partir da década de 1950. Na época, Itajaí despontava na exportação madeireira, e as indústrias eram o maior atrativo de quem procurava a cidade na esperança de ter uma vida melhor.

Muitos acabaram se instalando no São Judas, que começava a receber loteamentos. O nome oficial, de acordo com o Atlas Socioambiental de Itajaí, veio após a construção da capela São Judas Tadeu, em 1962.

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Crescimento

Não demorou para que o São Judas despontasse. Nas últimas décadas, transformou-se em importante ponto comercial através da Rua Indaial, que concentra serviços, lojas e conveniências. Foi ali também que se instalou o primeiro supermercado com horário estendido até meia-noite em Itajaí.

Recentemente, as casas têm dado lugar a prédios.

– Aqui o que falta é terreno. Sinal de que o bairro está crescendo – diz Célio.

Tranquilidade de bairro

Célio Bananinha diz que o São Judas não é um bairro para passeios. O principal ponto de encontro, segundo ele, é a pracinha da igreja.

– Aqui é parado, muito tranquilo. Acho até que precisávamos de mais restaurantes e comércios abertos no domingos.

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Célio aponta saúde e segurança como deficiências do São Judas, que ainda precisam ser sanadas. Ainda assim, garante que não há lugar melhor para se viver.

– Meu sonho era morar em Itajaí.

População

Total – 5.467

Homens – 2.628

Mulheres – 2.839

Curiosidade

Parte do São Judas já foi um sítio para gado leiteiro. As terras foram loteadas a partir de 1953 por Carlos de Paula Seara, dono das terras e duas vezes prefeito de Itajaí.

Por que meu bairro é o melhor lugar do mundo?

O São Judas é perto do Centro, tem padaria, mercado. Acho um bairro ótimo para se viver.

A série Itajaí Bairro a Bairro é publicada aos sábados. O próximo é o Espinheiros.