Marcos Arruda, de 49 anos, e a esposa Marilu Pinto da Silva, 45, dormiam quando por volta de 2h30 da madrugada deste sábado iniciou a troca de tiros entre assaltantes e policiais na agência do banco Itaú, na avenida Regisa, em Três Barras, no Planalto Norte de Santa Catarina. O filho de 23 anos havia acabado de sair do banho, pois costuma dormir tarde.

Continua depois da publicidade

A família é praticamente vizinha da agência que foi alvo da quadrilha. Apenas um terreno baldio os separa. A troca de tiros foi tão intensa que a casa dos moradores também foi atingida.

Marcos conta que levantou para ver o que estava acontecendo e quando abriu a cortina da janela do quarto, que fica na frente da casa e no segundo piso, foi surpreendido com um disparo na direção dele. Por sorte, a bala passou por cima da cabeça. O projétil perfurou o vidro da janela e atravessou o forro da casa.

– Na hora não pensei em nada. Quando me dei conta, senti como se tivesse nascido de novo – disse.

Continua depois da publicidade

Marcos conta que ele e a esposa desceram as escadas rastejando e se abrigaram no chão do andar de baixo até a troca de tiros terminar. Eles acreditam que o tiroteio durou cerca de meia hora.

– Nunca pensei que fosse ver uma coisa dessas em toda a minha vida – completou a esposa.

Pelo menos quatro projéteis foram encontrados na casa. As perfurações ficaram marcadas nas paredes.

Marilú ficou tão nervosa que chegou a ir ao pronto-socorro tomar medicamento. Passado o susto, o casal procurou os policiais que estavam na rua para saber o que havia acontecido na cidade de pouco mais de 18 mil habitantes, até então considerada tranquila e pacata.

“Pensei que eram todos bandidos”, relatou outra moradora

Ruddy Porto de Camargo, 29, e a esposa Selma Cordeiro, 33, são proprietários de um hotel em frente à agência bancária. Eles moram no piso superior nos fundos do estabelecimentos. O casal e os dois filhos pequenos também foram acordados com o intenso barulho de tiros.

Continua depois da publicidade

Selma lembra bem quando sentou na cama e olhou para o relógio que marcava 2h27. O filho perguntou se havia alguém estourando bombinhas. Selma olhou pela janela e viu um atirador em cima do telhado do seu hotel. Foi quando percebeu que o barulho se tratava de uma intensa troca de tiros.

O marido chegou a sair na sacada para observar o que estava acontecendo. Mas, com a escuridão era possível identificar pouca coisa. Apenas se ouviam os tiros e a gritaria entre policiais e assaltantes.

– Pensei que eram todos bandidos, foi horrível – disse Selma.

Mais tarde, quando descobriu que se tratava de um confronto entre assaltantes e policiais e que os bandidos foram capturados é que Selma sentiu-se aliviada. O marido se sentiu até mais seguro em saber que o atirador em cima do telhado não era um bandido, mas sim um policial.

Continua depois da publicidade

GALERIA: confira mais imagens do local

>>> Leia mais notícias de segurança