A troca no comando do Marcílio Dias começou a ser costurada ainda na manhã de segunda-feira. Descontente com o desempenho do time – que perdeu quatro dos últimos cinco jogos disputados pelo Catarinense – o presidente do clube, José Carlos dos Santos, convidou o novo treinador, Leandro Campos, para uma conversa informal. Durante o café, ele manifestou a vontade da substituição de Guilherme Macuglia.
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Após a derrota para a Chapecoense na noite de quarta-feira, um telefonema de Santos para o treinador encaminhou a contratação que seria fechada na manhã desta quinta.
– Estamos com muita dificuldade, mas tenho certeza que daremos a volta por cima. A gente está tentando fazer o melhor pelo clube. O que prevalece é a nossa determinação – enfatizou José Carlos, durante a coletiva de apresentação do novo treinador no fim da tarde desta quinta.
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Campos é um velho conhecido do Marinheiro. Em sua última passagem pelo clube em 2000, o Rubro-Anil foi vice-campeão do Catarinense, conseguiu vaga para a série B do Brasileiro e para a Copa do Brasil em 2001. O último clube treinado por ele foi o Treze da Paraíba.
– Espero que a gente possa, ainda, acreditar na possibilidade de classificação para o hexagonal final e, se não for possível, vamos ter que direcionar a cabeça na luta para escapar do rebaixamento – afirmou.
O treinador também aproveitou para aparar arestas com a torcida marcilista. Segundo ele, nas últimas vezes em que esteve em Itajaí comandando outros times, foi chamado de vendido por ter deixado o clube em 2000 e, esclareceu, que, na época, deixou o Marinheiro por falta de pagamento.
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– Não sou vendido, preciso é de sustento para a minha família. O torcedor, nesse aspecto, foi muito injusto com o profissional Leandro Campos, que é um homem sério – desabafou.
Marinheiro precisa vencer fora de casa
O novo técnico também deixou claro que restando apenas duas rodadas, não pode fazer milagre e mudar drasticamente a forma que o time vem jogando. Mas, afirmou que pretende montar um time equilibrado com bom desempenho nas áreas ofensiva e defensiva e, que o Marinheiro precisa vencer fora de casa para conquistar a classificação.
– Não vim aqui para ser o salvador da pátria, vim para ajudar o Marcílio Dias – disse Campos.
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De fato, o aproveitamento em casa do Cilhão, tem sido de 50%, mas até agora o time ainda não venceu fora. Empatou com o Metropolitano e perdeu para o Inter de Lages e para o Joinville.
– Agora é uma questão de vida ou morte. Ou o Marcílio Dias ganha um jogo fora de casa para aspirar a classificação ou vai torcer para que a coincidência da tabela dê a condição de o time conseguir a classificação na próxima quarta contra o Guarani – observa.
Um dos principais problemas do time, na visão de Campos, é o setor defensivo.
– O time está fazendo gols, mas está tomando muitos gols, precisamos corrigir isso – avalia.
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De acordo com o treinador, o elenco do Marcílio é um dos cinco melhores do Catarinense, no que diz respeito a parte técnica, no entanto, Campos acredita que a parte física deixa a desejar. Por isso, ele quer tomar bastante cuidado com os jogadores agora na reta final para prevenir ao máximo a ocorrência de lesões.
O técnico também pretende explorar melhor os cruzamentos para abastecer o principal nome do time, o centroavante Schwenck, com boas bolas para ele mandar para a rede.