Foram 37 jogos como profissional desde o início de 2012. E o primeiro gol do volante William Arão foi na noite de quarta-feira, o segundo da Chapecoense na vitória por 3 a 2 diante do Atlético-IB.

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– Não sabia nem como comemorar – disse o jogador.

Ontem, ele foi com o Diário Catarinense até o gol da ala Sul, onde marcou. Ele lembrou que, ao ver Tiago Luís fazer a jogada no lado esquerdo, viu um buraco na área. O atacante Bergson chamou a marcação e a bola foi em direção ao volante.

– Quando vi a bola vindo eu nem acreditei – disse Arão.

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Ele nunca tinha recebido uma bola na cara do goleiro. Por isso, não poderia desperdiçar a chance. O volante já havia arriscado alguns chutes de fora da área, mas sem sucesso.

– Pensei, tenho que acertar o gol – disse.

Ele cabeceou forte, sem chance para o goleiro Maicon.

Bergson foi o primeiro a abraçá-lo. Os dois são amigos desde o ano passado, quando jogavam na Portuguesa. Inclusive dividem quarto na concentração. Bergson brincou com o volante dizendo que ele não sabia nem comemorar o gol. Mas depois de refeito, Arão foi até o banco de reservas e também acenou para as cadeiras, onde estavam sua esposa, Amanda, e o pai, Flávio Arão.

O paulistano de 21 anos, que foi campeão da Taça São Paulo de Futebol Júnior em 2010, pelo São Paulo, depois participou das campanhas dos títulos da Libertadores e o Mundial do Corinthians, em 2012, embora não tenha atuado, falou para o Diário Catarinense sobre esse novo momento, onde trocou uma metrópole com quase 20 milhões de habitantes por uma cidade com 200 mil pessoas.

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Diário Catarinense – Como é marcar o primeiro gol da carreira?

William Arão – Graças a Deus saiu. É muita emoção. Estou muito feliz. Principalmente porque minha esposa e meu pai estavam na torcida. Dedico o gol a eles. Espero que seja o primeiro de muitos.

DC – Você sentia muita pressão para fazer o primeiro gol?

William Arão – Meus familiares sempre me cobravam. Mesmo sendo volante, o gol é o momento mágico do futebol.

DC – Seus companheiros até brincaram que você não sabia como comemorar.

William Arão – Não sabia para onde ir. Fique tão feliz que não tem como explicar.

DC – Você participou do grupo do Corinthians campeão da Libertadores e do Mundial, mas lá pouco jogou. A vinda para Chapecó foi uma aposta para ganhar espaço e mostrar seu futebol?

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William Arão – No Corinthians, os titulares eram o Paulinho e o Ralf, jogadores de seleção. E eles não levavam cartão, nem se machucavam. A Chapecoense foi a oportunidade que eu tive de jogar em um time que está em ascensão.

DC – Chapecó é muito diferente de São Paulo. O que você costuma fazer na cidade, vindo de um lugar que tem de tudo?

William Arão – Nada. Estranhei um pouco porque em São Paulo eu tinha milhares de opções para jantar e passear. Mas sou caseiro. Gosto de ficar em casa com minha esposa e jogar videogame no tempo livre.

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