A candidata à Presidência Marina Silva (PSB) disse, em entrevista coletiva no comitê da coligação Unidos pelo Brasil, nesta sexta-feira, que não vai subir nos palanques onde já havia definido não participar antes da morte de Eduardo Campos, na semana passada.

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– Não vou aos palanques onde já não estava indo – disse Marina, quando questionada especificamente sobre campanhas estaduais do PMDB, como é o caso de Nelsinho Trad, candidato ao governo de Mato Grosso do Sul.

Anteriormente, a candidata havia esclarecido que não estaria em palanques do PT e do PSDB, sem citar casos de outras legendas, como o PMDB.

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– Alguns palanques que foram feitos, como no caso do Mato Grosso e outras realidades, a coordenação da campanha ainda vai se reunir. O certo é que Beto (Albuquerque, vice) irá suprir a presença de Eduardo junto àquelas candidaturas – disse.

Marina reforçou que ela e Beto Albuquerque manterão os compromissos assumidos por Eduardo Campos. Segundo ela, o programa de governo servirá de “base de estabilização” da campanha. A candidata citou propostas como a educação em tempo integral, o passe livre estudantil, a construção de creches e o aumento dos recursos para a saúde como prioritários.

– Nós vamos dar continuidade a esse processo, infelizmente sem o Eduardo – afirmou a ex-senadora, ao reiterar que mantém um sonho de mudança na política brasileira.

Sobre a saída do coordenador-geral da campanha, Carlos Siqueira, e outros correligionários, Marina afirmou que a dinâmica da campanha continua a mesma:

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– O PSB mantém a titularidade de todas as coordenações, é um compromisso que assumi desde o começo com o PSB – afirmou.

Mandato só por quatro anos

A candidata evitou responder se ficará no PSB durante todo o mandato caso seja eleita em outubro. Marina disse que o mandato não é de propriedade dos partidos e que o seu comprometimento é com o povo brasileiro.

– Eu me comprometo a governar o Brasil – afirmou.

Marina também reafirmou ser contra a reeleição. Segundo ela, a população precisa de um sinal de que o objetivo dos políticos não é a perpetuação no poder.