Fernanda Guiguer Souza, após ser acusada por sequestrar a própria filha, Rafaely, e ser presa em Londres, retornou a Florianópolis nesta quinta-feira. Ela possui a guarda da filha no Brasil, mas a levou para visitar o pai na Europa e ele não quis devolvê-la. Ao avistar a menina com a tia nas ruas da Inglaterra, a pegou de volta. O pai entrou na Justiça com uma acusação de rapto e, como Fernanda não tinha validado os documentos no exterior, foi presa. A mãe de Rafaely fala em entrevista sobre o caso que ganhou destaque internacional:
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Diário Catarinense – Por que você pegou a Rafaely sem o consentimento do pai dela?
Fernanda Souza – Não foi um ato de loucura. Depois de três meses tentando rever minha filha e sem poder falar com ela, fiquei desesperada. Fui na polícia e disse que ia buscar ela em Londres. Resolvi não esperar pela justiça. Fiz porque sabia que estava no meu direito de mãe. Faria tudo de novo.
DC – Como está o bebê que vocês está esperando?
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Fernanda – Tenho 99% de certeza de que perdi, porque tive dois grandes sangramentos. Eu nunca fiz o exame para ter certeza, mas achava que estava grávida porque minha barriga cresceu e senti muito enjoo.
DC – Como era a prisão?
Fernanda – As oficiais me chamavam de “a menina que chora”, porque eu só chorava. Todas me conheciam e me apoiavam. Diziam que logo eu teria minha filha de volta. Elas foram muito legais comigo. Lá tinha piscina, eu fazia academia, ia na igreja aos domingos. Me correspondia por carta com o Wagner.
DC – O Rafael disse não querer deixar a Rafaely com você porque você seria garota de programa e uma má influência. Isso é verdade?
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Fernanda – É mentira. No começo, quando soube, não entendi. Isso nunca existiu. Trabalhei dois anos e meio como assistente de esteticista. Fiz um book com a minha prima, que faz Publicidade, e o Rafael pegou minhas fotos em uma das vezes que foi nos visitar e jogou na internet.
DC -Como foi a prisão no avião, em Londres? E a despedida da Rafaely?
Fernanda – Quando saímos da aeronave para trocar de avião, vimos os policiais lá fora. Sabia que era por causa da Rafaely. Era a polícia comum de Londres, não a Europol. Disseram que eu estava presa por sequestrar minha filha. Não foi surpresa para mim, sabia que era por causa do Rafael. Fomos os três juntos no carro. Rafaely foi grudada em mim. Ela falou que ia se jogar no chão. Eu disse para ela não fazer isso. Falei: “Vai porque a mamãe resolverá e irá te buscar”. Eu estava com uma pasta de documentos e achei que iria resolver. Como posso sequestrar alguém que já está sequestrado? Rafaely veio no meu colo. O carro parou e me chamaram. Não vi mais minha filha. Não teve despedida.