Evandro Cidral, 42 anos, o padrasto do Diego Fortunato Cidral, de 19 anos, morto ao ser imobilizado em uma tentativa de roubo, acredita que houve exagero do empresário Júlio César da Silva, de 29 anos, na abordagem. Segundo ele, Júlio César poderia ter imobilizado o rapaz de outra forma, já que houve um momento em que ele se entregou e parou de reagir. Evandro não acredita que o enteado tenha morrido de causas naturais porque, na declaração de óbito consta o motivo da morte como sendo asfixia por estrangulamento. No entanto, o documento apresenta apenas uma prévia do que pode ter causado o óbito. A causa definitiva é atestada apenas no laudo cadavérico.
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Defesa se manifesta sobre morte de jovem durante roubo no Centro de Joinville.
– Mesmo que seja ladrão, não importa. Por mais que erre, ninguém tem o direito de tirar a vida de uma pessoa. Não estou defendendo, mas isso não é motivo para matar – defende.
O serralheiro conta que a família sabia de um outro furto cometido por Diego no passado, quando ele entrou em uma casa e acabou sendo detido durante um fim de semana. Evandro recorda que a família conversava com ele sobre o assunto, mas o jovem dizia que havia algo mais forte do que ele responsável por motivá-lo a cometer o crime. O rapaz era esquizofrênico e frequentava o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) duas vezes por semana. Na quinta-feira, ele havia saído da unidade pouco antes de morrer.
– Ele dizia para mim e para a mãe dele: “eu sei que está errado, mas quando vejo já estou fazendo. Vou lá e faço, mas depois me arrependo”.
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O padrasto criou Diego desde quando o enteado era um bebê. No próximo mês, ele completaria 20 anos. Segundo Evandro, ele não tinha muita coordenação motora e a mente não o ajudava quando não estava bem, mas sempre o auxiliava na serralheria quando estava lúcido e conseguia trabalhar. Agora, a família ainda tenta superar o que aconteceu e aguarda para ver o que será decidido pela Justiça.